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Paris lança plano para recuperar turismo debilitado após os atentados

2 nov 2016 - 15h29
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Uma melhor iluminação dos monumentos, um novo grande centro de recepção na Torre Eifel e a promoção dos bairros menos turísticos são algumas das 59 medidas apresentadas nesta quarta-feira pela Prefeitura de Paris para relançar em seis anos o turismo, debilitado desde os atentados do ano passado.

Com este plano estratégico -concebido antes dos ataques- o consistório pretende aumentar em 2% anual o número de visitantes e gerar um turismo "sustentável" a longo prazo, além de relançá-lo de forma conjuntural, disse à imprensa o responsável de Turismo do Prefeitura, Jean-François Martins.

Apesar de ter sofrido uma baixa anual de 11% no número de visitantes entre janeiro e outubro, Paris continua sendo o primeiro destino turístico do mundo e "terminaremos o ano com 23 ou 24 milhões de visitantes", afirmou Martins.

A Prefeitura uniu suas forças com o governo francês e os grandes comerciantes para impulsionar uma indústria que representa a cada ano cerca de 40 bilhões de euros e gera quase 524 mil empregos na região parisiense.

Além de consolidar os grandes lugares de interesse da capital, trata-se de desenvolver um turismo mais pontual e romper com a ideia de que "Paris é um destino atemporal", organizando eventos que gerem a necessidade de ir à cidade em um momento concreto.

Deste modo, a Prefeitura se compromete, por exemplo, a realizar um grande evento esportivo a cada ano e a sediar um maior número de congressos (um terço dos visitantes vai por negócios).

Também está prevista a criação de um pavilhão dedicado aos jovens chefs, além de uma parceria com a vizinha cidade de Rungis, para a criação da futura "Cidade da gastronomia".

Martins ressaltou a necessidade de um crescimento "harmonioso" para "evitar estar na mesma situação que Barcelona, onde os cidadãos se manifestam contra o turismo" em referência ao problema da proliferação de apartamentos de aluguel para turistas.

Assim, o consistório prevê por exemplo reforçar os controles aleatórios de apartamentos e a criação de um número de registro outorgado pela Prefeitura e que o Airbnb solicitará a cada particular que deseje alugar sua residência através da web.

O município deve, além disso, aumentar a acessibilidade para as pessoas com mobilidade reduzida, continuar com o reforço da segurança e aumentar os dispositivos de limpeza.

Martins afirmou que Paris é a cidade com maior número de lixeiras do planeta, mas que pode ter problemas de limpeza porque se trata da "quinta cidade com maior densidade de população do mundo".

Sob o título de "Esquema de desenvolvimento turístico 2017-2022", o plano estratégico será proposto ao plenário da Prefeitura de Paris em novembro.

EFE   
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