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Cuba projeta para 2030 construção de 108 mil novos quartos para turismo

18 abr 2016 - 13h53
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Cuba projeta construir cerca de 108 mil novos quartos destinados ao turismo, como parte do Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para 2030 que nesta segunda-feira é debatido por delegados no VII Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC, único), que terminará amanhã em Havana.

O ministro de Turismo na ilha, Manuel Marrero, anunciou que o projeto já identificou os possíveis locais para as futuras instalações, segundo publica a imprensa nacional que informa desde o conclave, ao qual os meios de comunicação estrangeiros credenciados no país não têm acesso.

As novas capacidades se somarão à criação de "outras atividades extra-hoteleiras como marinas e campos de golfe", afirma o jornal oficial "Granma", porta-voz do PCC.

Marrero precisou que em paralelo será realizado um programa de investimento "para elevar a categoria e os padrões da planta atual".

"Não podemos cometer o erro de outros países que, ao ter novo desenvolvimento, deixaram no esquecimento os hotéis velhos. O turismo tem efeito multiplicador e o setor está em condições de impulsionar o desenvolvimento de outras áreas da economia para criar encadeamentos produtivos", precisou o ministro, citado pelo órgão oficial do PCC.

Para Cuba, a aspiração é que "este setor estratégico finalmente se transforme em uma locomotiva da economia nacional", um propósito que o presidente cubano Raúl Castro ratificou no sábado durante o extenso relatório central que abriu a jornada inaugural do congresso.

Castro anunciou que o programa de investimentos nos hotéis nos principais destinos turísticos da ilha "caminha a bom ritmo" e lembrou que será retomada a construção de emblemáticas instalações de luxo em Havana "para enfrentar o déficit quartos" atual.

"Cada hotel que inaugura é gerado algo a mais dentro de nossas fronteiras", insistiu o primeiro-secretário do PCC.

Desde 2011 Cuba criou mais de 10,9 mil novas vagas hoteleiras e foram reconstruídas outras 7 mil, o que se une aos mais de 14 mil quartos nas casas de arrendamento privado ou "casas particulares", um setor em aumento e que vem a atenuar em parte a alta demanda.

A ilha ultrapassou pela primeira vez em 2015 os 3,5 milhões de visitantes, um "boom" que coincide com o degelo nas relações com os EUA e a flexibilização nas restrições de viagens aos cidadãos americanos.

EFE   
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