PUBLICIDADE

vc repórter: Alcântara mostra o Maranhão histórico

19 jul 2009 - 18h35
(atualizado em 4/8/2009 às 16h09)
Compartilhar

No norte do Brasil, uma pequena cidade une as praias de uma baía do Oceano Atlântico a uma carga histórica sem igual. Alcântara, povoada por índios, controlada por franceses e construída por portugueses, é um destino certeiro para quem está no Maranhão.

Igreja Nossa Senhora do Carmo, do séc. 17, é o cartão postal de Alcântara
Igreja Nossa Senhora do Carmo, do séc. 17, é o cartão postal de Alcântara
Foto: Ivo Barreto / vc repórter
» Veja mais fotos

» vc repórter: mande fotos e notícias

A praça da Matriz fica na parte mais alta da cidade, reservada para os prédios públicos, igrejas e grandes sobrados. É ali que fica a monumental ruína da igreja matriz de São Matias, erguida por volta de 1648. À sua frente, estão o pelourinho e a Casa de Câmara e Cadeia, um dos edifícios mais antigos da cidade e onde hoje funciona a sede da prefeitura.

Para um mergulho no passado, o Museu Histórico de Alcântara recria a estrutura das casas no período colonial, com móveis, louças e peças de arte. A fachada ainda é toda decorada com azulejos portugeses. Em 2002, cerca de 2 mil peças de mobiliário e louças doadas por D. Pedro II chegaram à cidade para serem expostas.

A Rua da Amargura - composta por ruínas dos edifícios que um dia foram os mais imponentes da cidade -, é inteiramente voltada para o mar e vale o passeio. Ainda no centro histórico, a igreja Nossa Senhora do Carmo é o cartão postal de Alcântara, também enfeitada de azulejos.

Construída no século 17, tem no altar-mor um retábulo de madeira dourada em estilo rococó. Do lado de fora, uma vista impressionante de toda a baía de São Marcos é possível desde a torre do sino.

Acessível em barco

Com tanta história nas ruas, Alcântara exige que o visitante fique ao menos uma noite. Como o acesso se faz de barco, a partir da capital São Luis, os horários de partida e chegada costumam obedecer o comportamento das marés . No entorno do centro histórico, é fácil encontrar pousadas com ambiente familiar e refeições típicas da região.

Além de ter esse patrimônio material, Alcântara é uma das regiões do país que concentra maior número de descendentes de quilombolas. Na comunidade de Itamatatiua, a cerca de 1h de carro, peças de cerâmica são feitas de maneira tradicional, incluindo potes até esculturas.

Em meados de maio, a Festa do Divino, tradicional em todo o Maranhão, toma conta de Alcântara. Até o domingo de Pentecostes, os fiéis se dividem nos rituais em que se encarnam a figura do imperador e seu cortejo.

Em agosto, a Festa de São Benedito mostra um espetáculo tipicamente local. Durante quatro dias, vários grupos de tambor-de-crioula se apresentam em meio a missas e procissões. De origem negra, a dança é uma espécie de samba de roda tocado com quatro tambores, onde apenas as mulheres dançam.

O internauta Ivo Barreto, de Cabo Frio (RJ), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter
Compartilhar
Publicidade