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Prepare-se nesse Finados para enterrar aquele 'amor zumbi'

31 out 2016 - 14h57
(atualizado às 14h57)
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“Amor zumbi”, morto vivo, tanto faz se andando pela rua ou pelo nosso cérebro, incomoda!
“Amor zumbi”, morto vivo, tanto faz se andando pela rua ou pelo nosso cérebro, incomoda!
Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas

“Amor zumbi”, morto vivo, tanto faz se andando pela rua ou pelo nosso cérebro, incomoda! Nesse início de Novembro, data de Finados, momento de pensar nos mortos, que tal enterrá-lo? Deixar que siga? Que parta de vez? Que suma?

Os mortos, muitas vezes, permanecem entre os vivos por causa de pendências diversas: necessitam entregar recados, acertar contas, cobrar ou pagar dívidas, ajudar ou atrapalhar, recompensar ou vingar segundo merecimentos.

Também com nossas histórias de paixão e amor pode acontecer o mesmo. Encontram as mais perversas e criativas formas de continuar entre nós, um negócio inacabado que atormenta dessa ou daquela maneira.

Ficam assombrando nossa vida com beliscões ou chicotadas: choro, lamentos, recaídas, desejos de reencontro, imprecações e ódio ao destino (“que nos separou”); aquele sonho de nova oportunidade, de outra realidade, de tudo que seria melhor (“se tivéssemos escolhido certo”).

Ah, besteira. Quanto sofrimento e equívoco. No desdobrar do Carma – por coerente que seja (e é!) –, sob influência das Forças Maiores, as coisas que não vingam, não são para vingar; senão, claro, vingariam.

É triste quando estamos diante de um cenário desses: amantes são afastados, mas o amor teima em não acabar. Tais interrupções nos colocam a pensar em outras possibilidades de viver, numa vida que, quem sabe, poderia ter sido outra, nas quais teríamos sido diferentes.

Histórias assim, marcadas por separação, lamento, sofrimento, dor, renúncia, podem (podem e devem!) ser descartadas. Um luto permanente não acrescenta nada de bom ou proveitoso nem para o progresso no cotidiano, nem para o progresso no espiritual.

Acabe com o amor inacabado. Entenda que ele impede a continuidade, o movimento, o inédito, o novo. Não desperdice o que se tem de Liberdade por conta de um extremo exagero de Esperança.

Desista do “Amor zumbi”. Pegue a pá, cave, jogue lá, cubra e dê umas boas prensadas para melhor enterrar. Mesmo assim, com o monstro aprisionado a sete palmos de buraco, carregue a pá ainda por um bom tempo. Se ele volta (os zumbis adoram isso!),não hesite, lute, escape da repetição que nada acrescenta – a não ser infelicidade. 

Fonte: Especial para Terra
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