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Ninguém morre, só parte primeiro

2 nov 2016 - 09h00
(atualizado às 09h58)
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Muito jovem, fascinada pelos assuntos esotéricos, desenvolvendo meus dons, acabei, num curto espaço de tempo, lidando com o Tarô. Certa feita, espantei-me ao virar o arcano treze. Depois aprofundei, estudei as forças e simbolismos desse (e de outros) oráculos, compreendi melhor a sutileza da carta com suas indicações de mudança, passagem, renovação, transformação.

Foto: Trevor Hunt / iStock

Mais tarde, trabalhando maduramente com auxílio espiritual, prescindindo de qualquer objeto para ordenar fluxos e informação hermética, aprendi a olhar para a questão da morte, embasada naquelas experiências inicias de juventude, de uma maneira bem mais consistente.

Vim cruzando cinquenta anos de contato com pessoas e suas questões. Olhei de frente todos os temas e problemas humanos. Entre aprendizado e surpresa, crescimento e elaboração, nunca deixou de acompanhar-me – costumeiramente apanhando-me de assalto, sem aviso prévio ou evidência da sua aproximação – o mistério da morte.

Quando exagerado o tema da morte se torna um equívoco que nos paralisa. Claro que devemos amar a vida como o bebê que suga o seio materno. Porém, desmamar é inevitável, significa crescer, avançar e progredir. A maneira mais sensata que conheço de dialogar com a morte é entendê-la como fechamento de uma etapa, cumprimento de um ciclo, possibilidade de amadurecer no sentido cósmico.

No enfoque das vivências espirituais, a morte não é fim ou conclusão, antes abertura de outra fase. Desse lado de cá se afigura uma partida, um desaparecimento. Mas, do outro lado, ela é entrada, reinício, aparecimento de inúmeras dimensões possíveis.

A falta, saudade, amor, estima que restou em quem por aqui permanece, funcionam como ativadores energéticos: impulsionam espiritualmente a caminhada de quem já está numa das trilhas do lado de lá.

Vamos deixar de encarar a morte como algo sinistro, polêmico, pesado e doloroso. Avança quem entende a natural importância desse descarte do corpo físico, mecânico. Já nos libertamos dele outras vezes e precisaremos nos libertar ainda outras tantas.

Após completar uma temporada em determinado corpo físico, a alma, o essencial, segue sua jornada multiexistencial de várias vidas. Reciclando em vários laboratórios imateriais, em diferentes padrões energéticos, ela soma entendimento e conhecimento.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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