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Turistas sofreram ataque aéreo com bombas, diz governo mexicano

14 set 2015 - 12h38
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As forças de segurança egípcias que atacaram "por engano" um grupo de turistas mexicanos realizaram a ação por via aérea e com bombas, denunciou nesta segunda-feira a chanceler mexicana, Claudia Ruiz Massieu, após ouvir depoimento de sobreviventes.

Os turistas foram alvo de um ataque com bombas lançadas a partir de "avião e helicópteros", disse a ministra em uma coletiva de imprensa na qual ressaltou que até agora só conseguiram confirmar a morte de dois mexicanos e que outros seis estão em condição "estável" em hospitais da região. Ela informou também sobre a entrega de uma nota diplomática ao embaixador do Egito para condenar o caso e exigir uma investigação dos fatos.

"Confiamos em que o governo do Egito atuará com a vontade política e a rapidez que este lamentável fato merece", concluiu.

A titular da Secretaria de Relações Exteriores (SRE, Chancelaria) disse que a identificação das vítimas ainda está sendo feita e que esperam ter "acesso a mais informação" por parte das autoridades egípcias para "conhecer a situação dos demais afetados", que chegaram ao país no último dia 11.

Ontem, 12 turistas mexicanos e egípcios foram mortos por engano em um ataque das forças de segurança do Egito perto do Oásis Bahariya, no Deserto Ocidental, quando faziam um passeio turístico. Fontes ligadas às vítimas egípcias disseram à Agência Efe que o total de vítimas seria de oito mexicanos e quatro egípcios, um número que a SRE não confirmou.

Os sobreviventes foram resgatados por veículos civis e militares e depois foram levados em ambulância para um hospital, explicou a chanceler. A secretária qualificou de "lamentável e reprovável" o fato e disse estar em contato direto com o embaixador mexicano no Egito, Jorge Álvarez Fuentes, para conhecer a situação de cidadãos hospitalizados. Ela acrescentou que, a pedido do presidente do México, Enrique Peña Nieto, reforçou a presença diplomática e consular no país.

Claudia detalhou que foi entregue ao embaixador do Egito no México, Yasser Shaban, uma nota diplomática na qual o governo mexicano expressa "sua profunda consternação por estes deploráveis eventos" e exige "uma investigação rígida, exaustiva e profunda" que esclareça os fatos e os responsáveis. Além disso, "solicita que as autoridades egípcias coloquem grande prioridade e urgência ao esclarecimento deste assunto, outorguem as facilidades necessárias à embaixada do México no Cairo e a seu pessoal no desempenho de suas funções e proporcionem todos os apoios que os afetados precisem para atendimento e futura repatriação ao México", acrescenta a nota.

De acordo com a nota, o governo egípcio estabeleceu um comitê de investigação liderado pelo primeiro-ministro Ibrahim Mahlab e os resultados das averiguações serão publicados o quanto antes.

EFE   
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