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Trump diz que consideraria abrir hotel em Cuba e que vê potencial na ilha

22 mar 2016 - 03h48
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O magnata e pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira em entrevista que consideraria abrir um de seus hotéis em Cuba sob certas condições e afirmou que a ilha tem "algum potencial" para os investidores.

Coincidindo com a histórica viagem do presidente dos EUA, Barack Obama, nestes dias à ilha caribenha, Trump, que lidera a corrida para ser o indicado do Partido Republicano na disputa pela Casa Branca, foi entrevistado pela emissora "CNN" e não descartou abrir um hotel em Cuba no futuro.

"Cuba tem algum potencial", disse o magnata que, no entanto, citou como um empecilho "a taxa de juros de 49%" e acrescentou que seria necessário estabelecer às claras quais seriam suas responsabilidades para evitar qualquer demanda por parte do governo cubano.

Trump foi o único candidato republicano dos que permanecem na disputa que se mostrou favorável a manter as relações diplomáticas com Cuba se chegar à presidência, já que a tônica geral entre os conservadores continua sendo rejeitar a aproximação com a ilha enquanto não houver mudanças políticas substanciais.

No último debate, os senadores de origem cubana Marco Rubio (que já abandonou a disputa) e Ted Cruz prometeram romper as relações com Cuba se chegarem ao poder, enquanto o governador de Ohio, John Kasich, se limitou a indicar que acabaria com a política dos EUA de "tratar melhor seus inimigos do que seus amigos".

Apenas Trump destoou dos demais, ao afirmar que não está "de acordo com o presidente Obama" sobre a política em relação a Cuba, mas que está "no meio do caminho" entre a posição do presidente e a rejeição absoluta de seus rivais republicanos.

"Acredito que tem que haver algo (que mude a relação com Cuba). Após 50 anos, já chegou a hora, amigos", opinou Trump.

O magnata defendeu que é preciso "um acordo muito melhor" do que o que foi alcançado para restabelecer as relações diplomáticas e antecipou que provavelmente fecharia a embaixada americana em Havana até que conseguisse um novo pacto com Cuba.

"Quereria conseguir um acordo forte e bom, porque atualmente, todos os aspectos deste acordo favorecem Cuba", argumentou bilionário.

EFE   
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