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Rússia retirará todos seus turistas do Egito até 30 de novembro

18 nov 2015 - 09h29
(atualizado às 18h35)
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A Rússia terminará de evacuar todos os cidadãos do país que ainda estão no Egito no próximo dia 30 de novembro, após o retorno de quase 90 mil turistas desde o atentado contra o Airbus A-321 da companhia Metrojet, que caiu na Península do Sinai no dia 31 de outubro.

O ministro de Transporte da Rússia, Maxim Sokolov, disse nesta quarta-feira à agência "Interfax" que o último voo de turistas russos vindos do Egito está previsto para ocorrer no dia 30 de novembro. "A imensa maioria dos turistas que estavam de férias ali já foram retirados. Segundo nossos cálculos, ficam menos de 2.500 pessoas no Egito", destacou o ministro russo.

Sokolov explicou que, da mesma forma como ocorreu até agora, os turistas retornarão do Egito quando seus pacotes de férias terminarem.

A Rússia suspendeu todos os voos ao Egito no último dia 6 de novembro, uma semana depois da catástrofe. Até então, o Moscou não tinha reconhecido que o avião da Metrojet, que partiu de Sharm el-Sheikh rumo a São Petersburgo, tinha sido derrubado por uma bomba colocada em seu interior.

Desde então, só foram ao Egito aviões vazios para buscar os turistas à medida que suas férias acabaram. As bagagens, porém, eram trazidas separadamente em aeronaves de carga.

No entanto, segundo o jornal "Kommersant", que cita fontes da inteligência russa, a bomba que provocou a explosão do Airbus A-321, com 224 pessoas a bordo, foi colocada pelos terroristas embaixo de um dos assentos dos passageiros.

A explosão, segundo analistas do Serviço Federal de Segurança (FSB, a antiga KGB), ocorreu na parte principal do avião e não no compartimento de carga da aeronave, como se acreditava até agora.

Os especialistas que investigam o incidente, segundo a fonte citada pelo "Kommersant", acreditam que a bomba foi introduzida no avião por algum funcionário do aeroporto egípcio de Sharm el-Sheikh.

Ontem, mais de duas semanas depois da pior tragédia aérea da história da Rússia, o governo admitiu que a queda foi provocada por um atentado, uma tese que era defendida desde o início pelos serviços de segurança dos Estados Unidos e Reino Unido.

EFE   
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