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Passeios de carruagem em ruas de Nova York podem estar com dias contados

28 jan 2016 - 10h04
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Os passeios em carruagens puxadas por cavalos em pleno asfalto em Nova York podem estar com os dias contados devido a um acordo entre a prefeitura e os condutores que limitou a circulação delas no Central Park.

A medida começará a valer em junho, com a diminuição do número de cocheiros. Os que ficarem deverão trabalhar por no máximo nove horas com o animal. As novas regas, no entanto, não satisfizeram de todo o prefeito Bill de Blasio, que pretendia acabar de vez com as carruagens, por considerar a tradição "desumana" e afirmar que os bichos "trabalham" em "condições totalmente inapropriadas".

Porém, para os cocheiros, a ideia não foi bem-vinda.

"É uma regra sem sentido. Os cavalos estão bem, saudáveis e têm até semanas de férias", explicou à Agência Efe Jordan, que não quis revelar seu sobrenome e há mais de três anos trabalha "proporcionando felicidade" aos que decidem passear pela cidade neste veículo centenário.

Ele reprovou a atitude dos sindicatos. "É uma pena que nem todos possam opinar sobre isso. Veremos como nos afetará futuramente", disse, antes de atender um casal e os três filhos que aguardavam para subir a bordo de sua reluzente carruagem.

Apesar do frio que faz na cidade nesta época do ano, a atividade não para. Não importa se é dia útil ou fim de semana: as carruagens estão lá.

Um pouco relutante, outro condutor criticou a decisão: "É com isso que ganhamos a vida e querem nos tirar?", questionou, enquanto amarrava o cachecol.

Mas nem tudo é má notícia para esses profissionais. As bicicleta-táxi deixarão de circular pela metade sul de Central Park para dar mais espaço aos cavalos, e os cocheiros poderão aumentar a tarifa em datas comemorativas como Natal, São Valentim (Dia dos Namorados em alguns países como os EUA) e Páscoa.

Também será construído um estábulo dentro do parque, condição inegociável para os condutores aceitarem a nova regra. A previsão é de que o local seja inaugurado em 2018.

O acordo, anunciado recentemente, ainda não é de conhecimento de todos os nova-iorquinos e surpreendeu alguns que passeavam pelo Central Park, mais vazio por conta das baixas temperaturas.

Kate, que vive em um bairro nobre próximo ao parque, aplaudiu a decisão.

"Fico feliz. É perigoso os cavalos andarem no meio dos carros. Se circularem apenas pelo parque, todos sairão ganhando, inclusive os pobres animais, que ficarão mais tranquilos", defendeu.

EFE   
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