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Paris propõe "selfies" para acabar com os "cadeados do amor"

11 ago 2014 - 10h50
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A Prefeitura de Paris colocou nesta segunda-feira em andamento uma iniciativa para substituir por "selfies" os "cadeados do amor" que os turistas colocam nas pontes e que em mais de uma ocasião ameaçaram a estrutura com seu peso.

Os autorretratos podem ser publicados no site "lovewithoutlocks.fr" ou na rede social Twitter com a hashtag "lovewithoutlocks", deixando claro aos usuários que as pontes parisianas "não podem resistir a tanto amor".

Para contribuir para sua divulgação, adesivos nessas pontes encorajam desde esta segunda-feira os casais a tirar uma foto para imortalizar seu amor na internet e iniciar assim um novo costume que, em suas primeiras horas, contou com a cumplicidade de dezenas de pessoas.

A Pont dês Arts, que cruza o Sena para unir o Museu do Louvre e a Academia Francesa, com 155 metros, é a mais conhecida das quais até agora suportavam o peso dos cadeados, mas a Pont de l'Archevêché ou a passarela Léopold-Sédar-Senghor também costumam ver invadidas com esses objetos.

A cada certo tempo, a Prefeitura é obrigada a retirar os cadeados para não pôr em perigo a estabilidade da estrutura, pela qual passam a cada dia milhares de transeuntes.

Não se sabe exatamente a que se deve esta moda, que parece vir da Europa do leste e que em Paris começou em 2008.

A publicação de "Ho voglia di te" (Tenho vontade de ti), romance do italiano Federico Moccia cujos personagens colocavam um cadeado na "Ponte Milvio" de Roma, intensificou uma moda que não cessou desde então.

O criador da proposta de substituí-los por fotos foi o vereador de Cultura, Bruno Julliard, que depois do desprendimento em junho de 2,4 metros da grade da Pont dês Arts devido ao peso dos cadeados recebeu a incumbência da prefeita, Anne Hidalgo, de encontrar solução para este problema.

Mas a proposta das autoridades locais, segundo avançam os meios de comunicação franceses, vai além e estuda a longo prazo poder mudar as atuais grades por instalações que não permitam pendurar os cadeados nelas.

EFE   
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