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Palácio do Marquês de Pombal é aberto ao público em Portugal

22 jun 2015 - 15h32
(atualizado às 18h18)
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Após uma longa reforma, o palácio do português Marquês de Pombal abre suas portas ao público nesta segunda-feira e no fim de semana proporcionará aos visitantes um espetáculo inédito de boas-vindas.

O casarão, construído na segunda metade do século XVIII, se encontra em Oeiras (cidade a 15km de Lisboa com 172 mil habitantes) e para comemorar a abertura durante o próximo fim de semana será palco do espetáculo "Noites no palácio encantado", um show de luzes e projeções na fachada do monumento, com entrada gratuita.

A visita aos jardins já era possível, mas agora é dada a possibilidade de conhecer o interior da casa, onde se destacam elementos decorativos como os azulejos, as esculturas e os estuques.

A mansão foi projetada pelo arquiteto húngaro que ajudou a reconstruir Lisboa após o terremoto de 1755, Carlos Mardel, e tanto o palácio quanto o terreno são considerados Monumentos Nacionais de Portugal.

Com seu ar mundano e uma peruca barroca, o ator que interpreta o marquês detalhou durante a primeira visita dramatizada que Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, foi um dos nobres mais carismáticos e controversos da história de Portugal, além de um dos principais expoentes do país no despotismo esclarecido.

O "marquês" mostra com orgulho aos visitantes as fontes do jardim, com algumas espécies de plantas vindas do Brasil - como a araucária - as varandas e os terraços, e a Cascata dos Poetas, com bustos de mármore de Virgilio, Homero, Tasso e Luís de Camões.

Em sua propriedade nos arredores de Lisboa, o nobre iniciou um complexo agroindustrial, a Quinta do Marquês, agora reorganizada dando ao público a oportunidade de visitar suas oliveiras e o local onde o fruto era processado.

O investimento feito com a reforma, cerca de 220 mil euros (quase R$ 770 mil), servirá não apenas para que o espaço seja visitado, mas também para proteger o vinho de Carcavelos, com risco de desaparecer.

"Se não fosse o trabalho da prefeitura, o vinho de Carcavelos seria um produto quase extinto, porque a pressão urbanística desta região fez com que as quintas produtoras dessa bebida fossem desaparecendo", explicou o prefeito de Oeiras, Paulo Vistas, durante o passeio guiado.

A Prefeitura, que comprou o palácio em 2004, fez nos dois últimos anos outras obras que totalizaram, aproximadamente, 600 mil euros (R$ 2.098.133) e prevê um investimento para este ano de mais 745 mil (R$ 2.605.182). Anteriormente, o local pertencia à Fundação Calouste Gulbenkian, que o adquiriu na segunda metade do século XX.

A decisão de abri-lo permanentemente agora foi tomada em conjunto com as entidades de turismo de Lisboa, que terão participação na manutenção do edifício. As visitas custarão de três a cinco euros (R$ 10 a R$ 17) e o objetivo é criar uma oferta turística temática em torno do Marquês de Pombal, um personagem muito ligado a algumas regiões mais conhecidas de Lisboa, como o bairro da Baixa, reconstruído pelo nobre depois do terremoto de 1755.

EFE   
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