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Início das obras de restauração do Coliseu causa expectativa na Itália

21 jul 2013 - 10h10
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A restauração do Coliseu de Roma começará nos próximos dias, com atraso de dois anos ao previsto inicialmente, embora ainda exista quem coloque em dúvida o iminente início das obras de conservação do monumento, que a cada ano recebe cerca de cinco milhões de visitantes.

O novo prefeito de Roma, Ignazio Marino, surpreendeu ao anunciar na última segunda-feira que o início das obras no Anfiteatro Flavio, começaria em 10 dias, uma vez que a administração municipal entregou a gestão à superintendência encarregada da restauração.

A prefeitura assim se adiantou ao Ministério da Cultura, que queria fazer o anúncio, que aconteceu durante a mensagem de apresentação do projeto de transformação da Avenida dos Foros Imperiais - a principal de uma das mais importantes regiões arqueológicas do mundo - em via de pedestres.

A mudança na via será importante para a manutenção do Coliseu e também para as obras, disse a diretora do monumento, Rossella Rea. "Paralelamente a sua restauração, terá que se apossar do novo espaço que o cerca".

"Atualmente, a zona exterior é muito pequena, se levarmos em conta os 17 mil turistas por dia que visitam o Anfiteatro Flavio, e os que ficam apenas em seus arredores. Eu imagino o Coliseu do futuro assim: um espaço amplo, livre. Imagino um espaço a serviço do Anfiteatro, com painéis didáticos", explicou.

Apesar do anúncio da reforma com as obras de mobilidades, ainda persiste a dúvida que o novo prazo dado pelo prefeito de Roma seja possível. Isso porque o Conselho de Estado tem pendente a resolução de dois recursos administrativos relacionados com licitações para financiar a restauração.

Um dos processos foi aberto por supostas irregularidades na licitação do calçamento da área. O outro partiu da empresa Lucci, segunda colocada na licitação da parte inicial da primeira parte das obras, que foi ganhou pela Gherardi, em contrato de 8 milhões de euros (R$ 23,6 milhões).

Estes recursos atrasaram o início da restauração do Coliseu, datado do século I, já que as autoridades italianas decidiram esperar o fim da disputa jurídica.

Assim, acredita-se que mesmo com o anúncio de Marino, a largada para as obras poderá demorar. Além disso, a montagem da estrutura necessária, como transporte de materiais e levantamentos dos andaimes, faria com que a reforma não começasse até agosto.

O projeto inicial prevê que as obras no Coliseu durem dois anos e meio, e que estas não impedirão a visitação do público. A intenção é reforçar a estrutura do Anfiteatro.

Na primeira fase haverá restauração das fachadas norte e sul, na segunda a construção de um centro de serviços fora do monumento, e na terceira a modernização dos espaços internos e corredores.

EFE   
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