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Ex-dono de operadora de turismo Marsans é condenado a 6 anos e meio de prisão

7 set 2015 - 14h11
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O ex-proprietário da operadora de turísmo espanhola Marsans, Gerardo Díaz Ferrán, foi condenado neste domingo a cinco anos e meio de prisão e ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de euros pelos crimes de ocultação de bens, fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Segundo a sentença da Audiência Nacional espanhola, Díaz Ferrán, que também foi presidente da principal organização empresarial espanhola (CEOE), teve a pena atenuada após chegar a um acordo com a procuradoria, que tinha pedido mais de 15 anos de prisão para o acusado.

O Ministério Público considerou como atenuante a confissão tardia e a devolução do efeito do crime, depois do reconhecimento dos fatos e colaboração para se chegar a 20 milhões de euros que permaneciam ocultos.

A Justiça levou em conta a colaboração de Díaz Ferrán para a recuperação de ativos após a Argentina reivindicar US$ 1,6 bilhões pela desapropriação da Aerolíneas Argentinas ao Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos do Banco Mundial das Nações Unidas (Ciadi), que ainda deve se pronunciar.

A sentença assinala que as quantias recuperadas em caso de decisão favorável deverão ser encaminhadas às companhias e pessoas afetadas. Além disso, Díaz Ferrán e seu sucessor no cargo da Marsans, Ángel de Cabo, deverão indenizar Meliá Hotels International, Viajes Iberojet, AC Hoteles e Pullmantur em 450 mil euros pelos prejuízos causados.

No mesmo processo foram condenados Ángel de Cabo a cinco anos, acusado dos mesmos delitos e multado na mesma quantia, e Ivan Losada, ex-diretor-geral da Marsans e braço direito de De Cabo, condenado a dois anos e meio de prisão. Também foram condenadas outras oito pessoas, entre elas Gerardo Díaz Santamaría, filho do ex-proprietário da Marsans.

Díaz Ferrán aguarda outro julgamento por se apropriar de 4,4 milhões de euros de clientes da Viajes Marsans e enfrentará uma denúncia apresentada pela Aerolíneas Argentinas por apropriação indébita de US$ 453 milhões.

O empresário chegou a controlar uma grande parte do setor turístico espanhol com a Marsans.

Entre as empresas que tinham a participação do grupo estavam a companhia aérea Spanair, Pullmantur e Travel Bus. Em 1992 foi fundada a rede hoteleira Hotetur, em 1996 a Air Plus Comet, e em 2003 o grupo adquiriu a operadora turística Tiempo Libre e a marca Mundicolor.

EFE   
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