PUBLICIDADE

Depois de 7 viagens à Antártica, filhas de Amyr Klink sonham com a Disney

As três filhas do velejador Amyr Klink passam três meses por ano na Antártica e já lançaram um livro sobre o assunto

31 ago 2013 - 10h01
(atualizado em 2/9/2013 às 18h01)
Compartilhar
Exibir comentários

Toda criança quer sempre férias para poder gastar toda a energia na praia, na piscina ou no parque mais próximo. Um sonho unânime entre elas é conhecer a terra do Mickey e se divertir na Disney. Esse também é o sonho das filhas do velejador Amyr Klink e da fotógrafa Marina Bandeira Klink, as gêmeas de 16 anos Tamara e Laura e da caçula, Marininha, de 13 anos. “Já desistimos”, disseram ao Terra, depois de muita tentativa e insistência para o pai aventureiro levá-las a uma excursão para os Estados Unidos. “Queria muito ir pra Disneylândia, mas ele disse que nunca vai levar”, comenta Marininha. Tamara disse que a vontade já passou e não se importa de ainda não ter conhecido o complexo de parques.

O motivo de nunca terem ido à Disney é que o que esta família gosta mesmo é da Antártica. As meninas já foram ao continente gelado sete vezes e conhecem muito bem um pedaço do planeta que pouquíssimos privilegiados têm a chance de visitar.

Depois de mais de 40 viagens ao extremo do Hemisfério Sul, o velejador Amyr Klink começou a levar amigos e familiares para conhecerem o local. Há alguns anos, chegou a vez das filhas. Na época, as gêmeas tinham oito anos e a caçula, seis. “É um privilegio oferecer para uma pessoa uma coisa que ela nunca viu”, diz Klink sobre a emoção de carregar a família em suas aventuras.

A partir de então, todas as férias têm destino certo. Desde a primeira viagem, a turma geralmente passa três meses do verão por lá. “É muito seco e tem muito sol, os dias e as noites são iluminados”, diz Amyr Klink.  Apesar da neve por todos os lados, ele diz que o frio não incomoda e que o convívio com a vida animal do local e com as pessoas que passam por lá é o maior aprendizado. “Não é um tipo de turismo que você vai lá e suga, mas você vai aprender e contribuir de alguma forma”, comenta o velejador.

Excursões entre geleiras, mergulhos, vivência com animais e brincadeiras com crianças e pessoas de todas as partes do mundo são as grandes atrações no continente gelado, tudo cercado por muita simplicidade e sem grandes luxos. “Na Antártica temos uma convivência com todo tipo de pessoa que encontramos lá: contrabandistas, políticos, pesquisadores, investidores”, afirma Klink.

As viagens são de tamanha garantia de sucesso que deixam saudade quando é hora de ir embora. “A melhor parte é chegar lá e a pior, ir embora, porque você nunca sabe quando vai voltar”, diz Marininha. As meninas gostam tanto do local que, em 2010, as três juntas lançaram o livro infantil Férias na Antártica.

Tamara elege sua parte preferida. “Prefiro ir de veleiro a ir de navio, porque você pode chegar mais perto dos animais”, conta. Além das belas paisagens, algumas emoções também estão no pacote, como enfrentar fortes ventos, mares bravos e o temido estreito de Drake, região em que ocorre a junção dos oceanos Atlântico e Pacífico e que, normalmente, gera ondas muitos altas. “Tenho um pouco de medo de ficar no botinho, mas cada vez vou tendo menos medo. Percebemos que nosso pai é confiante”, diz Marininha.

Mas, se na hora do desespero o medo apertar, elas garantem que rezar não adianta. “Deus está muito ocupado e não pode perder tempo salvando loucos que foram se aventurar na Antártica”, afirma Tamara.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade