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Cruzeiros se adaptam para agradar ao mercado brasileiro

As sutis diferenças entre os navios que navegam no Exterior e chegam ao Brasil

21 dez 2015 - 08h00
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O brasileiro já pegou o gosto por cruzeiros. Entre 2004 e 2011, o país viu a quantidade de cruzeiristas aumentar e atrair mais empresas de olho nesse mercado. Estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que a procura por cruzeiros aumentou especialmente entre passageiros da classe média, que optam por realizar um cruzeiro marítimo pela comodidade, a oportunidade de visitar vários destinos e, principalmente, a relação custo benefício.

Na Argentina, preferência é por vinhos, enquanto no Brasil aumentam os estoques de cerveja
Na Argentina, preferência é por vinhos, enquanto no Brasil aumentam os estoques de cerveja
Foto: Slawomir Fajer/Shutterstock

Mas para atrair passageiros de terras tupiniquins é preciso se adaptar ao mercado nacional. As maiores armadoras – todas estrangeiras – já perceberam algumas sutilezas no gosto dos brasileiros, e vêm adaptando cardápios, atrações, shows, serviços e até mesmo formas de pagamento para agradar aos clientes daqui. 

“Já na travessia, quando o navio faz o último porto europeu, a gente começa a mudar ele. Numa travessia com muitos europeus, ou mesmo lá na Europa, os shows são muito ligados à música clássica. Aqui, se você colocar muita musica clássica e lírica, o brasileiro não aguenta. Tem que ter música agitada, o brasileiro é mais festeiro. Aqui a festa é mais na piscina, menos dentro”, observa Adrian Ursilli, diretor da italiana MSC Cruzeiros. 

E não é apenas em viagens da Europa para o Brasil que essas mudanças acontecem. Mesmo em países culturalmente mais parecidos, como é o caso da Argentina, as armadoras também  têm de se adaptar. 

“Aqui no Brasil, na alimentação você não pode deixar de ter feijão, mas você também tem que ter um pouco de frango, um pouco de peixe, e não deixamos de botar culinária internacional. Na Argentina, a culinária já é muito mais alinhada com a italiana. No Brasil, você tem mais abastecimento de cerveja, menos de vinho. Na argentina já tem mais vinho, menos cerveja”, afirma Ursilli.

Uma das mais fortes mudanças feitas pelas empresas foi a opção de parcelamento, incomum em outras regiões como América do Norte e Europa. No mercado brasileiro, as companhias aceitam vender os pacotes parcelados, e em algumas delas já é possível fazer compras em lojas a bordo das embarcações também com a opção de parcelamento. Isso tudo para se adaptar aos hábitos de consumo dos brasileiros e agradar os clientes daqui.

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Fonte: Canarinho Press
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