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Terceiro pólo gastronômico do País, Recife agrada a todos

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No Recife, mais do que simplesmente explorar as belas praias e outros cartões postais lapidados pela natureza exuberante do Nordeste, o turista que busca uma total imersão na vida cotidiana pernambucana não deve deixar de experimentar as delícias da culinária local. Não aproveitar as opções da cidade - terceiro pólo gastronômico do Brasil, com cerca de 10 mil estabelecimentos, perdendo apenas para Rio de Janeiro e São Paulo, segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) - é deixar de lado quase 500 anos de criações e modificações de pratos esculpidos ao longo dos anos por mãos indígenas, africanas e europeias.

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No século passado, o sociólogo Gilberto Freyre foi o pioneiro em defender os pequenos hábitos cotidianos para a percepção da sociedade de uma determinada região. No livro Açúcar: algumas receitas de doces e bolos dos engenhos do Nordeste, publicado em 1939, o autor, nascido no Recife, traçou o perfil do povo do litoral norte brasileiro através dos pratos típicos que integravam a culinária e se tornaram símbolo da cultura local.

Hoje, o turista que visita a capital pernambucana pode seguir os passos do sociólogo e ter à sua disposição pratos de todo o tipo e para os gostos: do doce ao salgado, do contemporâneo ao clássico e dos temperos internacionais aos brasileiros. O vasto litoral abastece a mesa dos pernambucanos com os mais diversos e saborosos frutos do mar, enquanto o sertão garante o abastecimento da tradicionalíssima carne de bode.

Boemia: chope e petiscos no boteco

Uma boa opção para experimentar pequenas porções de pratos típicos do Recife é recorrer aos botecos. Na rua Padre Roma, 722, bairro Parnamirim, é possível encontrar dois dos mais tradicionais do tipo da cidade: o Bar do Neno e o Bar do Lula. Os estabelecimentos não compartilham apenas o mesmo número, os petiscos são preparados em uma cozinha comum que atende aos dois bares.

Os sócios Licínio Dias, o Neno, e Lula Sampaio oferecem aos clientes um verdadeiro passeio pela culinária local, embalado pelo chope gelado para amenizar o calor. Lá, é possível saborear o charque na cebola (receita abaixo), patola de caranguejo ao vinagrete, ostras, tripas de porco fritas, filezinho com queijo, entre outros petiscos.

O destaque vai para o caldinho de feijão, tido como um dos melhores da cidade, que é servido com pequenas quantidades de acompanhamentos e temperos que tornam cada porção única. O local também serve como palco para shows de chorinho, além de ser decorado com exposições de artistas plásticos e fotógrafos.

Frutos do mar na praia

Para saborear peixes, camarões, siris e outros frutos do mar, nada melhor do que ter como cenário um terraço de um chalé em frente à praia, no popular bairro de Brasília Teimosa. É o que oferece o Biruta Bar, na rua Bem-te-vi, 15, um bom lugar para sentir a brisa do oceano e provar todas as delícias culinárias que ele oferece.

Se o objetivo for "ampliar horizontes gastronômicos", a pedida é aproveitar uma iguaria chamada siri-mole. O prato consiste em unidades inteiras dos crustáceos ao alho e óleo. O siri-mole só é encontrado em algumas épocas do ano, quando o animal é pescado durante a fase de transição de carapaça.

Pizza de bode

Antigamente exclusivo do sertão, hoje é possível degustar carne de bode em praticamente todos os restaurantes tradicionais do Recife. Um destes locais é o Entre Amigos, com duas sedes: na rua Marquês de Valença, 50, Boa Viagem, e rua da Hora, 695, Espinheiro. O restaurante serve mais de 30 pratos feitos com carne de bode, do tradicional guisado, passando pelo regado ao molho funghi ou hortelã até chegar na ousada pizza de carne caprina.

Porém, se o objetivo for não ousar na escolha das refeições, é claro que a culinária do Recife oferece opções para todos os gostos e bolsos: churrascarias, pizzarias, sushis, fast-foods, entre muitos outros tipos de restaurantes e lancherias.

Receita: Charque na cebola com farofa e vinagrete Ingredientes: 2 cebolas grandes ocas; 100 g de charque; 1 colher de requeijão; 50 g de farinha; 1 cebola picada; 50 g de castanha de caju granulada; 1 tomate; ½ cebola para o vinagrete; ½ pimentão; 1 colher de sopa de manteiga.

Modo de fazer: cozinhe o charque por aproximadamente 40 minutos na panela de pressão, depois desfie e leve à frigideira com manteiga e a cebola picada. Retire o conteúdo, deixando ocas duas cebolas cruas. Envolva com papel alumínio e leve ao forno por 20 minutos. Recheie a cebola com o charque e finalize com uma colher de requeijão . Leve ao forno por mais 10 minutos para gratinar. Para fazer a farofa, doure a cebola na manteiga, acrescente a castanha de caju e junte a farinha. Vinagrete: cebola, tomate e pimentão picados com azeite, vinagre e sal.

Fonte: Especial para Terra
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