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Estrangeiros aumentam diversidade gastronômica de Búzios

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<p>Além das belas paisagens, a riqueza gastronômica é outro destaque de Búzios</p>
Além das belas paisagens, a riqueza gastronômica é outro destaque de Búzios
Foto: Getty Images

Um dos destinos turísticos mais famosos do país, Búzios também vem ganhando espaço como roteiro no cenário gastronômico nacional. Na cidade da Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, é possível encontrar pratos do leste europeu, 'parrilla' com carnes importadas da Argentina e uma 'trattoria' que, segundo o proprietário do restaurante serve "Itália pura" aos clientes.

Com pouco mais de 23 mil habitantes, Búzios tem uma gastronomia cosmopolita devido ao fato de pessoas de mais de 60 nacionalidades terem se encantado pelo local e mudado para lá.

Um exemplo da riqueza da culinária local é o Festival Gastronômico de Búzios, que nesse ano chegou, com sucesso, à sua 12ª edição. O evento foi realizado nos primeiros fins de semana de julho, e é uma espécie de festa do interior com sabores do mundo todo.

Durante o festival, os chefs e restaurantes locais montam barraquinhas pelas ruas e centros gastronômicos da cidade e oferecerm degustações de pratos com preços populares, além de uma rica seleção de vinhos e sobremesas.

"Búzios é uma cidade eclética, agitada e globalizada. O festival traz esse espírito e torna Búzios ainda mais elegante e charmosa. E além da gastronomia internacional, também temos na cidade os pratos e cozinheiros locais. Neste ano, 48 restaurantes estão participando. Um recorde.", diz o produtor do evento, Gil Castelo Branco.

Uma das casas participantes é a trattoria e pizzaria La Dolce Vita, que funciona no local mais badalado do balneário, a Rua das Pedras. "Cheguei em Búzios há 15 anos para permanecer por pouco tempo, mas acabei ficando. Começamos com uma delicatessen, depois um bistrô, em seguida o restaurante. Aqui, servimos Itália pura. Os ingredientes e pratos são típicos, pizzas, farinha, queijos, vinhos", explica (com sotaque) o dono do estabelecimento, o italiano Alessandro Valenti.

Outro participante do festival é o Baroque, um dos mais surpreendentes restaurantes de Búzios, que funciona na própria casa (algo muito comum nos países do Mediterrâneo) da chef Ivana, nascida em Praga, na República Tcheca, e de seu marido alemão, Mike.

"Nossos pratos são típicos do leste europeu, além de Alemanha e França. Servimos, por exemplo, gulash húngaro, pato assado, salsicha alemã e armisch (joelho de porco defumado com chucrute branco ou vermelho). Como funcionamos dentro de casa, nosso atendimento é personalizado e exclusivo", afirmou Ivana.

Para dar um toque de charme a mais, Mike, que é um colecionador de móveis e relógios antigos, fez do Baroque também um antiquário: por isso, não se espante ao descobrir que está sentado em uma cadeira do início do século passado.

O festival e a cidade de Búzios ainda têm muitas outras opções. Após morar e estudar gastronomia na Espanha, o chef brasileiro Ricardo Dotta Vagner criou um restaurante com o nome do bairro onde morou no país europeu: La Barceloneta. Nas receitas, pratos típicos espanhóis, como as tapas, e mediterrâneos, como polvo à grega. Também há espaço no cardápio para libaneses, como o clássico kebab, que vem acompanhado de pão caseiro e ervas e vegetais frescos.

Em Búzios, convivem também a gastronomia francesa do Le Cigalon, a autêntica parrillada argentina no Don Juan - que tem até show de tango -, pratos tailandeses do Sawasdee e muitos restaurantes que servem a culinária local, abundante em frutos do mar e elaborada por chefs da própria cidade.

Búzios é tão cosmopolita que o dono do principal jornal da cidade, "O Perú Molhado" (assim mesmo, com acento), é um argentino, o fotógrafo Marcelo Lartigue. Percebendo a diversidade de nacionalidades no balneário, Lartigue produziu o livro Búzios de Babel, com imagens e textos sobre os cidadãos do mundo que se tornaram buzianos. O livro já ganhou até uma segunda edição e um documentário, feito pelo próprio fotógrafo

"Búzios mudou muito desde a época em que foi descoberta pela atriz francesa Brigitte Bardot, na década de 60, e o período em que começou a receber todos essas nacionalidades. Hoje, continua atraindo os estrangeiros e turistas nacionais, que se misturam à população local. Está cada vez mais confuso. E, para mim, cada vez melhor", disse.

EFE   
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