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Vidente: para se livrar das dores, é preciso entender que tudo passa

17 fev 2014 - 07h21
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Foto: Getty Images

Por entender que essa vida material é transitória, a espiritualidade nos ensina que devemos ser sóbrios em relação às nossas expectativas. A verdade é essa: por aqui, nesse plano concreto, de coisas transitórias, nada é definitivo. Nossa obrigação é aceitar sabiamente essa realidade, assimilar com serenidade, por mais contrariante que seja. 

Percebo como esse desafio é trabalhoso. Muitas pessoas andam desequilibradas, louquinhas por aí, deprimidas ou ansiosas demais por falta de maturidade em relação a essa simples constatação. 

Esse mundo em que vivemos também não colabora para libertar e diminuir o sofrimento das gentes. Pouco espaço é dedicado ao realmente importante. Esvaziado, obcecado por celebridade, é raro localizar ponderação, algo que valha a pena, que se afaste do convencional e pouco relevante fascínio despertado pelo dinheiro com suas falsas luzes e cores. 

Praticamente em todos os contatos e relações com as coisas ao redor, acabamos nos deparando com fantasias e máscaras, fingimentos e pequenos graus de verdade. A força exuberante do Ser, sua interioridade, está embaçada nesse nevoeiro que somos obrigados a cruzar.  

Quando nossa porção humana consegue se elevar, amadurecer, valorizar o que de fato é importante, as aparências são vencidas e podemos compreender como realmente é tudo, transitório. Muitos enganos, vazios, então, podem ser corrigidos, abrindo espaço para outras abordagens, coerentes e legítimas. Ganha-se firmeza, alegria e superação das dores que tanto nos incomoda: ira e raiva, inveja e cobiça, orgulho e soberba.  

Como tantas outras pessoas envolvidas com o caminho místico, venho mentalizando com dedicação para que as pessoas em geral (e algumas específicas, tão queridas e tão sofridas...) possam identificar a verdade da condição recebida nessa vida. Peço para que elas ultrapassem ilusões e consigam ancorar com firmeza no cais do amor, refúgio seguro em meio a um oceano agitado por verbos como querer, ter, precisar, vencer, e tantos outros geradores de isolamento.

Como ensina o texto evangélico do Eclesiastes, há muita vaidade espalhada por todos os cantos – vaidade e mais vaidade, profusão. Quem está na direção certa para saciar sua sede espiritual sabe que é indispensável negá-la, romper as ilusões. Por quê? Simples: porque a transitoriedade fará com que tudo passe, seja superado. Tudo mesmo? Não, claro que não. Apenas as coisas visíveis nessa encarnação. Os tesouros de energia que garimparmos por aqui, esses nos acompanharão para sempre, serão nosso patrimônio.  

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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