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Vidente: nossa obrigação esotérica é funcionar pela harmonia

24 mar 2014 - 08h43
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Foto: Getty Images

Na tarde abafada de alto verão o ventilador ali, sem funcionar, estava mais para absurdo do que para útil. Ocupava imponente toda uma faixa da sala de estar, carregava consigo a lembrança de dias melhores, quando suas pás zuniam e o ar deslocado em grande quantidade voava sobre as pessoas como uma benção aliviando o calorão. Agora, para mais nada servia, apenas para ocupar aquele espaço.

Assim como o ventilador, uma porção de coisas expressam sua alma quando entra em ação. Sua razão de ser não é simplesmente existir, mas funcionar. Elas não são apenas objetos materiais como um enfeite qualquer, elas são performáticas. Sua natureza é desempenhar alguma função, realizar tarefa, auxiliar no ordenamento do mundo ao redor. A taça quer ser enchida para o brinde, o cobertor quer agasalhar aconchegando, o sabonete limpar perfumando. 

Assim se estabelece a ordem das coisas, natural e espontânea. Daí a decepção que brota quando o carro enguiça, a pia entope, o cartão do banco é bloqueado. Situações de exceção, diferentes do habitual, daquilo que esperamos. Da mesma forma, esotericamente, podemos encontrar pessoas de alma avariada. São tristes chaves procurando a fechadura certa para abrir. 

Nosso mundo, fascinado pelo supérfluo, seduzido por tudo aquilo que impede nosso amadurecimento – já que, parece comprovado, a infantilização é das maiores aliadas do consumo irracional –, está repleto dessas situações de avaria, de desconcerto.

No nosso caso, seres humanos, a nossa tarefa – vento que deveríamos soprar – é a singularidade da harmonia. Se a Natureza ao redor é uma selva, nós podemos (e devemos) contrapor ao caos e à violência nossa lucidez, nossa inteligência, nossos atributos espirituais mais elevados. Porém há muita lâmpada queimada por aí, não acende por mais que se aperte e reaperte o interruptor. 

Há um abajur abandonado em você? Vamos trocar sombra por cálida luz. Você sabe que trocar uma lâmpada não é tarefa assim tão complicada, você já deve ter feito dezenas de vezes. Um pouquinho de boa vontade e atenção, delicadeza nos gestos da mão, cuidado ao rosquear e a luz (zás!) retorna.

Faça com que teus apetrechos funcionem em prol do humano e da humanidade. Essa é sua obrigação esotérica. Que os ventiladores aliviem, que as lâmpadas iluminem. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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