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Vidente: "fé faz com que o homem não passe vazio pela vida"

Muitos dizem que é possível alcançá-la “pela dor ou pelo amor”. Não. O problema da fé não é questão de escolha, é algo bem maior, questão de merecimento

1 jun 2015 - 12h20
(atualizado às 12h22)
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"Sem fé o homem acaba derivando para o lado dos animais", diz vidente
"Sem fé o homem acaba derivando para o lado dos animais", diz vidente
Foto: iStock / Getty Images

Quando tenho indicação dos meus Guias, compartilho com quem necessita uma forte oração espiritualista. Feita com fé, ela se mostra poderosa. Costumeiramente essa experiência de prece me recorda a história do sujeito que queria apanhar um coelho.

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Quanto mais ele corria, mais o coelho corria e se distanciava. Cansado, ao parar, o caçador nota, surpreso, que o coelho também parava. O desfecho prefiro deixar aberto para o leitor. Ficam ambos numa perseguição sem fim ou, melhor ainda, depois de respirar um pouco o coelho olha ao redor e, saltitando, segue justamente para o colo daquele que tanto empenho e energia tinha investido na sua captura.

O mesmo se passa com a fé. Tentar explicá-la é inútil. Quanto mais tentamos, mais ela foge. Isso não significa que não possamos, ao parar, compreendê-la à perfeição. Por que será que a definição de fé acaba sendo tão complicada? Talvez porque ela seja um sentido que se localiza no interior do ser.

Muitos dizem que é possível alcançá-la “pela dor ou pelo amor”. Não. O problema da fé não é questão de escolha, é algo bem maior, questão de merecimento, evolução cármica, dádiva.

A fé, ao contrário do que o senso comum preconiza, não deve ser o desfecho definitivo que nos permite sair das dúvidas, mas o estímulo que, sem desviar delas, impulsiona para que vivamos com inteligência e dignidade num cenário de falta de certezas absolutas.

A fé faz com que o homem não passe vazio pela vida. Ela faz com que ele possa dirigir e dar sentido às coisas da vida, fundamentando a imagem que temos de nós mesmos e do nosso lugar específico entre os demais seres.

Sem fé o homem acaba derivando para o lado dos animais; com ela, deriva para o lado de Deus. Quanta diferença! Na medida em que somos seres da ação, é bom saber se agimos apenas para satisfazer um instinto ou para levar a cabo um projeto maior, que transcende o puramente irracional.

A fé nos leva para além das urgências e das carências. Ela quebra nossa “programação”, eleva-nos para outra realidade em que somos orgulhosos não do nosso ser biológico e orgânico, mas do nosso ser humano.

Perguntemos sobre a diferença fundamental entre nós e os outros animais. Enfrentamos igualmente o meio ambiente natural – temos sede, fome, frio. Todavia, para nossas almas individuais (aproveito para notar: os animais compartilham almas coletivas), a evolução espiritual possibilita traços mais ou menos desenvolvidos de fé, instrumento para nos reorientar e determinar melhor as escolhas de vida.

A fé nos liberta da nossa condição rasteira de animalismo. Permite que possamos viver um plano de vida esotericamente elevado, vida simbólica para além da instintiva. A fé é conhecimento que nos auxilia a agir melhor, filtra nossas intenções, combate o mau 

Fonte: Terra
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