Vidente: esoterismo aumenta a capacidade de sonhar e renovar
Cinquenta anos envolvida com esse desafio: definir esoterismo. Ao longo do caminho encontrei respostas e reflexões que se somam e complementam; nenhuma, todavia, definitiva.
Esoterismo é algo que não se fixa. Um estilo de vida, um ideal de mudança, uma percepção de mundo, uma visão da existência; renovada e renovadora busca pela espiritualidade de coisas universais, convite à serenidade alegre.
Diversificado e multicolorido, todos os seus muitos ramos brotam, contudo, de uma única fonte secreta, o inesgotável desejo humano de completude. Esta é a pedra fundamental. Sobre ela, inúmeras moradas, livres e sem fronteiras, identidades e transcendências humanas.
As escolas esotéricas são muitas, trabalhando e harmonizando influências vindas de múltiplos horizontes, soprando ares de renovação das escolhas, abrindo portas de enriquecimento à busca de verdade, aumentando nossas reservas de criatividade e inspiração, possibilidades de adequação às nossas medidas e desmedidas.
Desfilando sob nossos olhos uma miríade apaixonante de convites e aberturas, o esoterismo amplifica as capacidades de sonhar, de imaginar, de aprofundar os sentimentos, de renovar os afetos, de encontrar o que há de mais precioso: bem no âmago mais profundo do nosso ser, a trilha do amor, sem medo do amanhã.
Nossa época globalizada, cercada por propostas e miríades vazias, encontra no esoterismo uma forte possibilidade de sentido, de aprofundamento. Fecho meus olhos e percebo como, no transcurso da minha vida, as tépidas águas do esoterismo fecundaram muita colheita espiritual que agora se prodigaliza por aí.
O que aprendi de mais importante buscando refinar essas definições? A magia de seguir apoiada apenas no simples deleite do momento presente, cantando e celebrando a força da esperança.
