PUBLICIDADE

Vidente ensina a usar o trânsito para evolução espiritual

24 fev 2014 - 08h51
(atualizado às 08h52)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Getty Images

Nas tradições Orientais, sempre em busca de uma verdade profunda, emprega-se boa parte da sabedoria de vida desenvolvendo a capacidade de “perder tempo”. É exercício profundo e desafiador ao extremo, tarefa de desprendimento em relação a tudo que é acessório e desnecessário, afastamento das sombras (como eles dizem) que atrapalham maiores acúmulos de boas e virtuosas vivências espirituais.

Um monge no Nepal pode passar dias meditando tranquilamente. Nós, a esmagadora maioria de nós, Ocidentais, muito atarefados, não conseguiríamos, passar cinco minutos parados, em silêncio, respirando profundamente.

Veja por você mesmo: quando foi a última vez que alongou os braços e encheu os pulmões serenamente? Aí está algo que deveríamos repetir sempre, várias vezes ao dia, e que fazemos apenas raramente. Surge uma dúvida: será que não estamos andando rápido demais, numa aceleração que beira (e ultrapassa) o que é sensato?

Onde podemos encontrar os mais terríveis sintomas dessa pressa alucinada? No trânsito das grandes cidades. Viver a loucura automobilística das metrópoles não é tarefa para amadores. Um apocalipse motorizado que precisamos aprender a enfrentar não apenas nas autoescolas e cursos para reabilitação de condutores, mas também e principalmente nos domínios da nossa própria sanidade mental e espiritual.

As ruas, sempre transbordantes de carros — conduzidos por seres humanos que parecem estar ali somente para atrapalhar —, quebram nossa serenidade. São intensos os conflitos entre nosso desejo e a realidade. Queremos ir, mas o trânsito impede, frustra.

Há uma lição esotérica importante a ser abraçada: é preciso harmonizar nossas expectativas com as reais dimensões da realidade, suavizando as perniciosas emoções que irritam. Estamos, lembremos, ao volante, dirigindo velozes e furiosos blocos de metal pesado.

Use o trânsito como exercício para domesticar a ira, possibilidade de compreensão e melhora no relacionamento com as imperfeições que nos rodeiam. Será treino para os outros trânsitos que ainda percorreremos. Trânsitos de mudança de nível espiritual de existência. Trânsitos que nos esperam após nossa partida. Porém, antes dela, inclusive para não antecipá-la desnecessariamente, nos nossos carros devemos levar garrafinha d’água, música relaxante e exagero de bons pensamentos.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold, ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade