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Vidente: devemos evitar dar palpites quando não solicitados

Comentários infelizes deixam pessoas angustiadas e infelizes, conta Marina Gold

15 set 2015 - 15h46
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Foto: iStock

É verdade: correto dizer que gente palpiteira é perigosa. Costumam lançar para voar, como dardos, palavras sem rumo – espetam, furam, ferem. Estou certa? Quero exemplificar para esclarecer melhor.

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Atendi, há algumas semanas, uma pessoa de fora. Nesse caso o atendimento se deu por telefone. Falamos de muitas coisas: questionamentos, dúvidas, procuras. A vida sentimental transcorria normalmente, sendo uma pessoa bem casada.

O marido, mesmo sendo um senhor de alguma idade, ativo e dinâmico, indicou-me um prognóstico despreocupado, de vida longa, sem complicações no campo da saúde. No final da conversa, minha cliente externou sua não concordância com uma das minhas previsões.

Perguntei se era o que tínhamos discutido sobre carreira profissional. Ela disse que não. Indaguei se era alguma não compreensão do que havíamos tratado acerca dos filhos. Ela disse que em absoluto. “Então o quê?” – questionei.

Ela revelou grande preocupação com o marido, porque uma amiga do casal, não fazia muitos meses, achava que ele não teria mais muito tempo de vida. Fiquei surpresa. Era diferente do que eu via, o oposto daquilo que minha empatia revelava.

Perguntei o óbvio: “Essa sua amiga é médica? É a médica do seu marido? Qual a especialidade dela?”. Não era. Era uma pessoa que tinha dado esse palpite e tinha deixado minha cliente, por um bom tempo, bastante preocupada e infeliz.

Consertar os estragos não foi difícil. Difícil é não ficar zangada com uma atitude dessas, leviana. Devemos compreender como certos palpites, os chamados “palpites infelizes”, podem angustiar, comprometer e prejudicar uma pessoa que, muitas vezes, sequer pediu qualquer informação, avaliação, prognóstico, comentário.

Certas intuições inexatas ou mal coordenadas podem representar forte risco. Delicada, usar as capacidades empáticas requer boas antenas, trabalho constante, experiência e aprimoramento contínuo. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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