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Ser permissivo é fácil e cômodo, diz vidente; entenda

10 mar 2014 - 07h19
(atualizado em 11/3/2014 às 14h16)
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Foto: Getty Images

É fácil ser permissivo porque é cômodo. Noto no imenso número de pessoas que atendo essa tendência que, muitas vezes, se desdobra em problema. As pessoas acabam evitando providências objetivas e deixam que as coisas sigam para rumos complicados que, depois, não podem ser revertidos. Conheci gente que passou a vida se submetendo às mais incríveis situações de rebaixamento, em condições absurdas de sobrevivência, ferindo a autoestima, apenas para não mudar aquilo com que tinham facilidade de lidar.

A zona de conforto que uma determinada situação pode oferecer corre o risco de eliminar os critérios, invadir os julgamentos de valor e transformar o ser num autômato que a tudo responde de maneira mansa, apática, dissolvendo suas próprias vontades e critérios de avaliação. São pessoas que parecem beber apenas água salgada na vida. Se lhes for oferecida água boa, vão achar que tem gosto insuportável. Não sabem avaliar seu frescor e leveza. Beber água sem sal se torna, paradoxalmente, uma condenação.

Para nós, gente normalmente acomodada, mesmo em situação desfavorável, mudar é difícil, representa esforço e dedicação no sentido de se renascer e reorganizar as bases da existência. Fica mais fácil deixar passar, fechar os olhos, permitir aquela escapadinha discreta do namorado, a nota baixa do filho, a falta de educação da sogra, o convívio difícil com aquele arrogante colega de trabalho, o ciúme possessivo da mãe.

Não é só na relação com os outros, mas também na relação consigo mesmo. Aceitamos com passividade o sobrepeso, fugimos do condicionamento físico, espetamos os óculos no nariz porque é difícil colocar a lente de contato, adiamos abandonar o cigarro, deixamos para amanhã melhorar nossa dieta e consumo de bebida alcoólica.

Às vezes essa postura ocorre também no nosso próprio meio-ambiente. Permitimos a confusão no armário ou na pia da cozinha, esquecemos de regar as plantas ou de arrumar os lençóis a cada manhã, acumulamos pilhas de entulho, afrouxamos o controle e nos vemos soterrados em meio à bagunça. O espírito, preso nessas águas paradas, vai acumulando sujeira, perdendo sua possibilidade de renovação e julgamento. Tome providência. Reaja e amplie sua capacidade de ser feliz.

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Fonte: Marina Gold
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