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O sexo deve ser fonte de recompensa e prazer, diz vidente

26 jan 2015 - 09h59
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Foto: Yuri / iStock

No sexo o melhor e o pior de nossa espiritualidade pode se expressar. Ele, que une, também carrega o poder de separar. Forte, contrapõe miséria e maravilha, dor e delícia. 

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Seus efeitos, estabilizadores ou desestabilizadores, podem ser sentidos nas relações que duram muito ou pouco, nos casamentos felizes ou infelizes, enfim, na dinâmica inerente à procura humana, ao achar e perder que espreita a cada momento. 

Eu, como vidente, acompanho muitas situações que a ele se referenciam. Geralmente me preocupa o tom exagerado, elevado demais, como se toda a vida se resumisse à sexualidade. 

Não aceito muito bem que todo mundo, mais ou menos abertamente, mais ou menos sutilmente, ache que devemos valorizar nas histórias de vida as questões e os problemas picantes, tratando todo o resto como secundário. É engano reduzir a vastidão da troca de duas pessoas à sexualidade. 

Preocupante e revelador das obsessões de nossa época, o sexo, hoje, está diante de nós exageradamente, há um endeusamento dele, provocado por uma ação mercadológica que faz com que ele passe a ter uma presença impositiva por todos os lados. 

Está aberto assim o caminho para o jogo de permanente busca pela juventude. Homens e mulheres querem – custe o que custar! – ficar atraentes para sempre, manter posição de destaque no circuito do sexo. Sofrimento e angústia brotam de possíveis exageros e alavancam milhares e milhares de experiências de frustração, de desordens. 

Cada vez mais um número enorme de pessoas não consegue desenvolver com o sexo uma troca de prazer, boa e saudável. A sexualidade deixa de ser uma fonte de luz na relação humana, de satisfação num mundo em que as alegrias andam escassas. Passa, desastrosamente, a funcionar como gerador de amargura e infortúnio.

Todas as pressões são no sentido de transformar o sexo em obrigação. Pessoas condenadas a proezas, sem terem a segurança de que estão desfrutando tudo o que deveriam, acabam traumatizadas. O sexo deixa de ser lúdico, divertido e recreativo para transformar-se em algo pesado, desagradável. “Preciso fazer para valer, melhor do que os outros, mostrando que sou o amante superior”. O que se consegue é abrir uma nova causa de estresse. 

Pena deixarmos de visitar tranquilamente um jardim como esse, misterioso, repleto de risos e alegrias. Devemos investir e acreditar mais na ternura, merecida fonte de recompensas, de prazer e erotismo.

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Fonte: Especial para Terra
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