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Não se aproveite da ingenuidade das crianças, pede vidente

Segundo Marina Gold, se pudessem compreender e discernir o que os adultos estão fazendo, as crianças se defenderiam e levantariam a voz

11 out 2015 - 16h53
(atualizado em 19/10/2015 às 14h26)
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Foto: Getty Images

Dia da criança. Data especial permite pedir um presente especial: cada um que tenha relação de responsabilidade com uma criança consiga dialogar imaginariamente com ela como se já estivesse crescida, madura para pedir “prestações de contas”. Explico melhor.

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Como espiritualista entendo quanta economia de carma ruim, quanta dor e sofrimento seriam evitados se as crianças não estivessem alguns quilômetros para trás dos adultos na longa marcha da vida.

Se as crianças pudessem compreender e discernir o que os adultos estão fazendo – especificamente em casos que implicam comprometimento do futuro delas –, se defenderiam, reagiriam, levantariam a voz.

Fico atônita ao saber de estripulias de pais, mães; gente supostamente responsável que não vacila ao comprometer seus filhos, enteados, meninos e meninas de tenra idade que, retrato acabado da inocência, não podem de maneira nenhuma se manifestarem, compreenderem que as armadilhas armadas hoje, aprisionarão amanhã.

Sei que o tema é forte, por isso trato dele nesse dia de brinquedos e almoços especiais, sorvetes e passeios divertidos. Sou médica da alma e, quando encontro uma alma adoentada, preciso ser dura no diagnóstico e no tratamento, na conduta e na cobrança.

Caso clássico: a mãe se encanta por outro homem e esquece que, quando há filho(s) envolvido(s), ela não pode pensar única e exclusivamente de forma egóica. “É tão bom namorar gostoso, é prazeroso e me faz sentir bem e jovem de novo”.

Sim, entendo, concordo, porém, sendo mãe, a questão principal é: essa opção fortemente autocentrada coloca em risco possibilidades de um serzinho que ainda não adquiriu tônus para cuidar por escolha própria da sua abertura e condição de futuro?

Vamos dar às crianças, nessa data cheia de ternura e acolhimento, um presente maior do que a boneca ou o joguinho eletrônico: vamos dar o respeito de não aproveitar de sua candura e ingenuidade.

Basta criar mentalmente um diálogo com elas como se quinze anos tivessem se passado, pesar cobranças que, aliás, não virão porque, com o tempo, tudo terá se desdobrado e, então, será tarde demais. É exercício duro para nosso narcisismo, mas profundamente embebido de amor – exatamente o que melhor podemos compartilhar com os pequenos.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Terra
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