Ingratidão é atitude inesperada e ilógica, diz vidente
A ingratidão é o único veneno para o qual ninguém prepara antídoto antecipadamente. Isso porque ela é a mais inesperada e ilógica atitude que poderia partir daquele que seria o último dos mortais a nos atacar, a não reconhecer passados atos de generosidade: parente, amigo, cônjuge, colega, ou conhecido, a quem prestamos um favor, ajudamos numa hora de dificuldade, socorremos, escutamos e amparamos em situação complicada ou tristeza.
Infelizmente, é doloroso e quase impossível aceitar o grande número de consulentes que, magoados, me procuram para tentar compreender porque tiveram (ou estão tendo) uma desilusão justamente com uma pessoa com quem precisariam contar num momento amargo, alguém que, por mais que se tenha feito, nos volta às costas com desprezo e crueldade.
O ser humano rapidamente se esquece da bondade alheia, das ajudas recebidas, dos ganhos positivos, das amizades alentadoras e gestos dos nobres. Porém, ao contrário, remói longamente e reage com grande fúria a qualquer injustiça que imagine ter sido cometida contra ele. Isso me leva a desconfiar de que esse traço é inerente à natureza humana: não reconhecer os atos puros, de doação e afetividade, que possam reverter sobre qualquer pessoa de quem gostamos e nos dispusemos a ajudar. Infelizmente, em geral, tratam logo de se sentirem irados e prontos para vingança se o amigo dedicado um dia não puder comparecer ou auxiliar em situação adversa.
Essa amarga constatação não implica em aceitar que nossa boa intenção e generosidade não mantenham seu valor ou estejam perdidas. Desde que o ato de bondade e altruísmo parta de você, você é o ser privilegiado. Aquele a quem a Inteligência Universal destinou o papel fundamental de poder ser humano e participativo, deu condições de exercer seus critérios de forma a ajudar a quem precisa, carrega o maior dos trunfos. Por outro lado, quem não é capaz de reconhecer, quem não sabe agradecer, está solitário e prejudicado no plano espiritual. A grande alegria é saber que os anjos-de-guarda protegem de preferência os puros de coração, aqueles que doam facilmente. Portanto, não se esqueça, buscar a plenitude da alma limpa é o caminho.
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