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Felicidade está nos detalhes e prazeres da vida, diz vidente

Felicidade de bens materiais é passageira e frágil; o segredo é aprender a viver bem

14 set 2015 - 14h47
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Foto: iStock

Estou enganada ou há por todos os lados uma obsessão pela felicidade? Ela se instalou onipresente: a nova divindade, falada por todos, buscada exaustivamente, o modelo, a norma. Assim, como uma espécie de obrigação, não se tornou um exagero?

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O hedonismo (que ocupa posição central e destacada) da nossa época não é, de vez em quando (principalmente nos seus piores momentos), forçado? Venho observando que, infelizmente, sim. Por isso o medo que tenho de tantos vendedores de felicidade fácil que se esparramam por aí.

A fórmula se repete. A publicidade indica o caminho. Consuma e será feliz! Você já é feliz o bastante para comprar e será ainda mais feliz graças às suas compras. A lógica aqui é puramente materialista, reduzindo a felicidade à noção econômica. Mas é apenas isso que importa?

Sinto que não. Essa proposta, bastante acessível (principalmente se você tem um cartão de crédito), parece inspirar em cada um a ilusão de uma facilidade de acesso à felicidade que não é legítima. Além da aquisição e posse de coisas, da conquista da singularidade e bem-estar prometidos pelos produtos das vitrines e prateleiras, a felicidade escapa pelos bosques sombreados do subjetivo e, sobretudo, do espiritual.

Mais do que o sapato, o patins, o patinete, a bicicleta, a moto, o carro, a viagem de avião, a felicidade irradia em três componentes profundamente ligados ao crescimento e sabedoria esotérica: autoconhecimento (reflexão sobre si que permite ser a fonte de nossas decisões); relação positiva com o outro (generosidade, aceitação, amor, etc.) e compreensão do mundo (delicada ligação com a beleza e os mistérios transcendentes).

Uma dica? A felicidade é frágil como a vida. Pois se há uma coisa que nos ensina a maturidade, é que somos incapazes de nos tornar senhores da felicidade. Enigma, indomável, imprevisível, ela foge ou retorna quando menos esperamos, desdenhando dos nossos desejos e esperanças.

A sabedoria, então, é aprender a viver bem: amar o que se tem, querer o que se pode. Ser mais ou menos feliz já é uma felicidade. Longe do sufocante dever de felicidade, saborear os pequenos nadas da existência. Tranquilos com nossos sonhos, prazeres, cotidianos, vamos deixar que a vida baste para nos preencher.

Como na fábula em que a raposa desiste das uvas, precisamos assimilar a força de compreender e afirmar: “Sou feliz porque renunciei à felicidade”.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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