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Devemos nos inspirar nas raízes das árvores, ensina vidente

A raiz, mesmo invisível, é o sustento de tudo aquilo que se levanta do chão, segundo Marina Gold

30 ago 2015 - 12h34
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Semana passada escrevi sobre as lições que podemos aprender com os animais, com os “pets” que, a cada dia, ganham maior espaço nas nossas vidas afetivas. Mencionava, paralela a desses seres, a sabedoria encontrável no “reino vegetal”.

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Foto: iStock

Recebi um e-mail de uma pessoa querida, interlocutora de longa data, também atenta e interessada nos assuntos de espiritualidade, capaz de abordá-los de maneira sensível, de forma desafiadora, sutil e interessante.

Em tom afetuoso, sem deixar de lado a saudável provocação – estímulo para melhor compreender os mistérios com os quais lidamos –, indicava: “quebro a cabeça, aceito até a ideia de expressão de alma e energia vivente, mas não chego a encontrar indícios comportamentais (a base do que entendo por inteligência e, consequentemente, sabedoria). É possível elucidar?”

Vou tentar. Vamos ver se minha posição e interpretação são convincentes? Para simplificar, me apoio numa experiência de revelação que experimentei há alguns anos. O assunto é sutil, minhas interferências e deduções, idem, o que pede do leitor um afastamento de qualquer referência preconcebida.

Manhã de sábado. Bem cedo. Barulho lá embaixo. Da janela vejo um pequeno exército de fardas alaranjadas, máquinas de guerra (caminhão, escavadeira, tratorzinho) e armamento de mão (pás, picaretas, enxadões). Todos ao redor de uma árvore.

Desço. Bastante gente havia feito o mesmo. “É preciso arrancar?”, perguntava desconfiada uma senhora que sempre cruzava por mim na padaria. “Sim”, respondia calmamente, enquanto distribuía ordens para cá e para lá, o responsável pela operação: “ela é muito velha, está condenada, carcomida, oca por dentro... um perigo desabar e até matar alguém”.

“Mas”, apresentou-se um rapaz que eu conhecia do supermercado, “não é crime ambiental?”. “Pode ficar tranquilo, já temos outra ali, saudável, para replantar”, explicou o engenheiro. O pessoal começou a se mexer freneticamente. Nos afastamos para que trabalhassem.

A primeira etapa foi fácil. A velha árvore estava frágil. O tronco cedeu e tudo veio abaixo em um minuto. A raiz permaneceu agarrada ao chão, um polvo abraçando a terra. “Puxa, que fácil”, pensei, “agora é fácil”. Engano.

A raiz, toda espremida, anos vencendo um terreno que não era dos melhores para ela, segurava com força tudo o que encontrava. Subterrânea, escondida debaixo da calçada e do asfalto da rua, era enorme.

O que aprendi? Quem se impressiona com tronco e copa, deve imaginar o alicerce, a base sólida e nutridora daquilo tudo. A raiz, mesmo invisível, é o sustento (nos dois sentidos da palavra) de tudo aquilo que se levanta do chão.  

Que sistema intenso: cada ramo, galho, graveto, mesmo a menor das folhinhas naquela profusão, para existirem e se “comportarem”, dependem do apoio e seiva vindos da raiz. Para mim, essa é imagem perfeita da força que a espiritualidade representa.

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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