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Ciúme é 'buraco profundo' e requer cuidados, diz vidente

3 mar 2014 - 17h12
(atualizado em 11/3/2014 às 14h16)
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Foto: Getty Images

Ciúme? Um inseto rastejante. Praga. Cuidado com ele. Mesmo com a ideia. Parodiando o poeta Drummond, sequer brinque com a palavra “ciúme”. Ele se insinua, atravessa os menores vãos, passa pelos túneis mais estreitos e acaba nos importunando com sua repelência, grudenta, asquerosa.

Você acaba de dedetizar a casa e, surpresa desagradável, voltando para lá num tranquilo final de tarde, ali na porta da cozinha, percebe um movimento sutil e suspeito, leve insinuação de que algo está se mexendo. Então, zás! Sobre o micro-ondas, uma baratinha, maldita. Elas estavam aqui antes de nós e, dizem os especialistas, sobreviverão a qualquer catástrofe que pode nos abater. Assim, também, o ciúme: atrapalhando nosso equilíbrio espiritual desde as mais antigas gerações e experiências humanas nesse nosso círculo espiritual.

É comportamento ensandecido, longe das planícies agradáveis da razão. Uma resposta desmedida e sem cautela diante de coisas que não merecem maior atenção. Escraviza o enciumado de maneira perigosa, cegando, criando exageros, extremos. Ciúme, cujo mais perverso efeito é gerar ainda mais ciúme, fechando um círculo que, revoluciona sobre si mesmo em transtornos, desequilíbrios, infelicidades.      

Não nos enganemos. Trata-se de doença e quem padece precisa de ajuda e cuidados corretos. Buraco profundo, mas pode ser tapado. Eu acompanhei uma cliente que, apenas relembrando uma situação, muitos dias depois de passada, no meu consultório, mostrava-se ainda transtornada, rangendo os dentes, chorando convulsivamente e mostrando uma freqüência cardíaca variável.

Essa moça, bonita, agradável, alegre, cheia de autoestima, profissional competente, personalidade transbordante de carinho e empatia, felizmente desenvolveu, com apoio, uma estrutura espiritual mais sólida para ter consistência frente ao problema. Enfrentou e venceu o fantasma que a perturbava. Aquela águia rapineira, altaneira e voraz, sempre disposta a dilacerar um fígado desatento, se transformou num periquito mimoso que ela prendeu na gaiolinha e alimentava com um modesto punhado de alpiste.   

A história que me contou (e que a trouxe para junto de mim) era incrível em sua desproporção. Viajando para um final de semana na fazenda da família, encasquetou que o namorado estava encantado e engraçando-se com uma das duas amigas de longa data que acompanhavam o casal. Brigou com essa amiga, fez cena, expulsou-a da casa para descobrir, na madrugada seguinte, em meio ao rebuliço que tomou conta de tudo, que, sim, o namorado estava arrastando um cacho, mas pela outra amiga, que, aliás, havia servido cinicamente como apoio para desabafos e divisão de suspeitas. Resultado? Perda de duas amigas preciosas. Triste.

Para pessoas que ficam cegas de medo diante de uma barata, indico ter inseticida ao alcance das mãos. Com ciúme, ocorre o mesmo. Um pouco de treino e fortalecimento espiritual servem como antídoto para eliminar criaturinhas nojentas que insistem em nos atrapalhar e desfilar pelos nossos cantinhos mais preciosos. 

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Fonte: Marina Gold
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