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Amor 'traçado pelo destino' carrega ilusões; vidente explica

"A dor vem de um equívoco, quanto mais perseverar pior, será preciso grande esforço para recuar"

14 dez 2014 - 11h43
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<p>Acreditar no amor 'traçado pelo destino' é algo comum</p>
Acreditar no amor 'traçado pelo destino' é algo comum
Foto: iStock

Ela não sabia a angústia que pouparia se entendesse que ele não a queria mais. Como naquele filme, Atração Fatal  (nome sugestivo), dormia e acordava obcecada.

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Apenas ele: ele, somente ele, nada mais do que ele. “Fui aqui e ali – mapa astral, tarô, jogo de búzios –, tudo e todos dizem que não é o meu destino, que não está escrito”. Olhou fundo nos meus olhos e continuou: “Agora, aqui, com você, sei que será diferente, que você vai ver que ninguém estava certo”.

O que ela não sabia é que, cinco minutos antes, quando a recebi na porta, minha sensibilidade empática já tinha enviado fortíssima mensagem: a dor vem de um equívoco, quanto mais perseverar pior, será preciso grande esforço para recuar. “Não, querida. Não e não. Não é ele”.

Respirei fundo e mantive a firmeza, mesmo vendo que seu rosto mudava como um balão que se esvazia. “Foi uma experiência amorosa, não mais do que isso, apenas isso. Ele não é o destinado, o homem para acompanhar tua vida”.

“Mas, como é possível?” perguntou um fiozinho de voz, rouco fiapo bem abatido. “Nossa história é incrível, coisa de cinema, de romance”, suspirou. “Vou te contar e veja se não refaz sua percepção”, desafiou.

“Fomos primeiros namorados um do outro, há mais de vinte e poucos anos. Éramos jovens e foi um período mágico, romântico e intenso. Depois a vida nos afastou, ficamos muito tempo sem nos ver. Ele organizou a família dele e eu a minha. Coincidentemente nossos casamentos terminaram na mesma época. Tomei a iniciativa, voltei a procurá-lo e engatamos um novo namoro, promessa de reviver aquele guardado como um tesouro em nossos corações”.

Nesse momento interrompi. Para surpresa dela completei eu mesma o labirinto cármico que, atormentando-a, conduzira-a até minha presença. “Já sei. Vocês namoraram por mais ou menos um ou dois anos e não foi nada daquilo que vocês nutriam como expectativa. O presente não tinha nada do passado, era coisa completamente diferente, como se vocês fossem outras pessoas”.

“Puxa, como você sabe? Foi teu poder? Teu dom?” indagou espantada. “Nada disso. Essa história é bastante comum, corriqueira. Já atendi inúmeras vezes a mesma experiência e queixa. Então vamos lá: preste atenção e me acompanhe, vai ser uma conversa longa, preciso esclarecer e abrir muitas coisas para você. E por falar em dom, é agora que vou começar a usá-lo – e estou sentindo que vou precisar usá-lo muito”.

Ela se iluminou, sorriu, animada de novo: “O dom? Muito? É porque ele volta?”     

Quer saber mais sobre o trabalho de Marina Gold ou entrar em contato com ela, clique aqui .

Fonte: Especial para Terra
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