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Elas falam: mulher quer casar e homem avesso a matrimônio não serve

25 abr 2013 - 10h05
(atualizado às 10h14)
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Apesar de os relacionamentos estarem mais liberais e modernos, segundo dados do IBGE de 2012, os brasileiros estão casando mais do que no passado. A facilitação no acesso aos serviços da Justiça, casamentos coletivos que tornam o preço do processo mais baixo e a simplificação das burocracias do divórcio – que permite novo casório – provocaram aumento de cerca de 20% nos matrimônios entre 2001 e 2012. O Terra entrevistou o público feminino sobre o assunto e descobriu que, para as mulheres, homem que não quer casar não serve.

Medo de compromisso foi o motivo número um citado por elas como razão para um homem não querer o matrimônio. Porém, quando as mulheres encontram “a pessoa especial”, apesar de confessarem ter medo de dar o próximo passo, desejam o casamento. “É algo novo na vida de alguém e que assusta as mulheres, mas quem melhor do que a pessoa amada para enfrentar tudo isso, se o sentimento é recíproco?”, questionou a estudante de relações internacionais Andressa Bombonato.

“É quase impossível uma mulher que namore que não queira casar ou morar junto”, afirmou a consultora de marketing Talita Almeida. No entanto, não significa que elas queiram receber “o pedido” em qualquer contexto ou que pensem “se casar e não der certo, separa”. Pelo contrário, as entrevistadas levam o compromisso a sério. “É importante e permanente, você não pode ficar experimentando”, opinou Andressa. “Tem que ser decidido no momento certo”, completou Talita.

Não é o tempo de namoro ou idade que definem a hora certa do casamento, mas, segundo elas, a situação do relacionamento. Um empecilho, de acordo com a assistente administrativo Nathalia Ross, é o machismo: “eles têm medo de a mulher ganhar mais e ficarem devendo satisfações”.  “De se envolver e assumir responsabilidades que na casa dos pais, por exemplo, não teriam que enfrentar”, acrescentou a estagiária de marketing Monique Men. O desejo de ser o provedor da casa talvez não seja fácil de alcançar, disse Talita, e o homem precisa aprender a lidar com a nova mulher que, por vezes, sustenta a família.

Casada há sete anos, a consultora de beleza Dediane Octávio disse que o matrimônio é parceria e não competição. “Significa muitas coisas, como respeito, companheirismo e parceria um com o outro sempre”, descreveu. Monique, que também já formou uma família, considera a união formal “duas pessoas estarem juntas em uma mesma missão e se tornarem uma só”.

“Gamofobia”

O medo de casamento pode ser por imaturidade, comodidade, falta de resolução na vida, mas também por um distúrbio que provoca aversão ao altar, chamado gamofobia. Se for o caso da doença, a indicação é buscar tratamento, nas demais hipóteses talvez repensar a ideia seja a melhor saída para não perder a amada: as entrevistadas pelo Terra não se relacionariam com um homem convicto em não querer casar.

Nathalia contou que se relacionaria para tentar mudar os conceitos do homem, mas se não obtivesse sucesso “partiria para a próxima”. Talita também tentaria conversar, “para ver o que está bloqueando ele. Se não mudasse de ideia, o jeito seria cada um ir para o seu lado, pois não há fundamentos na relação”. “Os valores de uma sociedade estão na família e para mim família se resume em casamento e filhos, não perderia meu tempo com alguém que não pensasse assim”, disse Monique. Dediane garantiu que não prosseguiria em um relacionamento sem o objetivo do casamento.

O papel masculino, segundo Andressa, é expor a opinião sobre o tema, para não criar falsas expectativas. “Precisam ser sinceros desde o começo sobre não terem interesse”, reforçou Talita. Para aqueles que só precisam de um empurrãozinho, a consultora de marketing disse que casamento não é um bicho de sete cabeças. “Não são somente flores”, segundo Dediane, mas.

Fonte: Terra
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