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Casais contam como é passar o Dia dos Namorados à distância

Tecnologia, presentes fora de época e comemoração em dobro: veja de que maneira o amor supera a geografia

10 jun 2014 - 13h00
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Casais que não poderão estar juntos nessa data especial buscam alternativas para expressar seu amor
Casais que não poderão estar juntos nessa data especial buscam alternativas para expressar seu amor
Foto: Shutterstock

Quem namora à distância sabe que nem sempre dá para comemorar o Dia dos Namorados junto com a pessoa amada. A jornalista Juliana Doretto, que faz doutorado em Lisboa, já sabe que não haverá comemoração no dia 12 de junho. Seu namorado estará em São Paulo. “Preferimos celebrar quando estamos juntos: antecipamos ou atrasamos as datas. Aliás, fazemos surpresa um ao outro, mas deixamos isso para os aniversários”, conta Juliana.  O casal acerta os horários para falar pelo Skype e, durante o dia, se comunica de outras formas.

Brasileiros, eles se conheceram em Portugal por causa de uma professora em comum. Apesar da distância, eles não ficam mais de quatro meses sem se ver. A tecnologia ajuda bastante. “Como ele também já viveu aqui e até frequentou a mesma faculdade que eu, quando lhe conto algo, ele sabe do que estou falando. As experiências do cotidiano ficam assim mais concretas. De resto, é partilhar os medos, as alegrias, as tristezas, enfim, o dia a dia, conversando muito um com o outro”, diz Juliana.

O desenhista Daniel Pacheco também viveu a mesma experiência que Juliana. Sua namorada fez mestrado na Espanha enquanto ele vivia no Brasil. Ele morou dois meses no país europeu e, como conhecia a rotina da amada e as pessoas com quem ela convivia, participava de sua vida mesmo estando longe. Para a data não passar em branco, enviou uma quantia para a sua namorada escolher o próprio presente. Por sua vez, Pacheco foi surpreendido com um vaso de girassóis que sua namorada comprou em uma floricultura paulista que vende pela internet. "O duro da distância é que você tem uma namorada e também não tem. No Dia dos Namorados, você quer ficar junto e fica triste por estar sozinho, apesar de ter alguém que te ama", diz Pacheco.

Há casais que já tiram de letra a distância nas datas comemorativas. Casados há 11 anos, o engenheiro Luiz Carlos Petry mora uma parte do mês em Porto Alegre, outra em São Paulo, enquanto a jornalista Mônica Petry trabalha na capital paulista. “A gente descobriu que pode comemorar (o Dia dos Namorados) qualquer dia”, diz Mônica. Luiz Carlos acrescenta que gosta de presentear, mas não gosta de ser obrigado a fazer isso em um determinado dia. Para ele, o importante é surpreender a amada sem data marcada. “Quando tenho uma ideia, pode ser em uma quarta-feira qualquer, compro um presente para ela. Somos tão pressionados a dar presentes nessas datas comemorativas que atitudes gentis, que devem ser tomadas todo o ano, ficam em segundo plano”, opina Luiz Carlos. O engenheiro aconselha que é preciso cuidar da relação durante os 365 dias do ano e não somente em datas especiais.

Lidando com as expectativas

Se alguns casais já estão acostumados a passar o Dia dos Namorados separados, o que fazer quando cada um tem uma expectativa diferente em relação à data?  Se um é extremamente romântico e o outro é mais pragmático, passar uma data comemorativa longe pode gerar problemas. “É importante que cada um ceda um pouco, para o equilíbrio da relação. Os dois podem ensinar um ao outro um pouco do que lhe falta: o pragmático pode ensinar o romântico a ter os pés no chão, ao passo que o romântico pode ensinar o pragmático a sonhar mais”, aconselha a psicóloga Susi Andrade, do Hospital e Maternidade São Cristóvão.

Hoje, quem vê o casal Rafaela e Vincent Lombardino, proprietários de uma empresa de tradução nos Estados Unidos, não imagina como foi difícil aguentar as saudades em um dia tão especial. Eles se conheceram em 2001 em Santos. “O Vince é surfista e queria surfar em um lugar diferente da Califórnia, onde nasceu. Estava entre o Brasil e a Austrália e acabou escolhendo o litoral paulista depois de fazer umas pesquisas em sites e revistas. Chegou ao aeroporto de São Paulo, desceu para Santos em pleno inverno, viu que não tinha muita onda e não conseguiu alugar uma prancha. Resumindo, não surfou nada naquelas duas semanas, mas acabou ganhando uma noiva”, conta a tradutora Rafaela. 

Os dois namoraram à distância e se casaram em janeiro de 2002. Depois de casados, eles ficaram um ano separados enquanto Rafaela terminava a faculdade no Brasil e esperava a liberação do visto norte-americano como esposa. Nessa época, Vince tentou presentear Rafaela no Dia dos Namorados, mas não deu muito certo: “Eu quis mandar presente, um periférico que ela precisava para o computador e uns DVDs, mas a alfândega acabou cobrando mais do que o dobro do que eu paguei por causa do imposto. Foi mais fácil esperar para dar presentes pessoalmente”, relembra o surfista.  

Hoje, para compensar o tempo que ficaram separados, os dois comemoram duas vezes o Dia dos Namorados: no dia 14 de fevereiro (Valentine’s Day nos Estados Unidos) e no dia 12 de junho (dia de Santo Antônio no Brasil). “Doze anos de casados e dois filhos mais tarde, valeu a pena. Agora a gente comemora o Dia dos Namorados todos os anos em dobro”, afirma Rafaela.

Seja como for, se você vai passar o Dia dos Namorados longe da pessoa amada, não deixa que isso seja motivo de tristeza. “Saia com alguns amigos, faça um programa relaxante, aproveite, envie um e-mail romântico ao parceiro e assista à abertura da Copa com as amigas”, aconselha a psicóloga Susi.

Fonte: PrimaPagina
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