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Fertilização in vitro pode ser feita sem internação

5 abr 2012 - 11h21
(atualizado em 9/4/2012 às 12h48)
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A fertilização

Feita a coleta dos óvulos, eles são levados ao laboratório onde será feita a fecundação. Quando o óvulo e o espermatozoide evoluem para pré-embrião, a mulher é chamada para que ele seja implantado no colo do útero
Feita a coleta dos óvulos, eles são levados ao laboratório onde será feita a fecundação. Quando o óvulo e o espermatozoide evoluem para pré-embrião, a mulher é chamada para que ele seja implantado no colo do útero
Foto: Shutterstock / Terra
in vitro

(FIV), método popularmente conhecido como o do "bebê de proveta", é uma das técnicas de reprodução assistida que a medicina oferece a casais que estejam com dificuldades para engravidar. Cabe ao médico indicar o tratamento adequado a cada casal. Embora sofisticado do ponto de visto médico e biológico, para a paciente o procedimento é relativamente simples e não exige internação hospitalar. Por outro lado, exige um grande comprometimento da mulher, tanto pelas visitas frequentes à clínica para exames quanto pela necessidade de aplicação periódica dos medicamentos.



De acordo com Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do Instituto Valenciano de Infertilidade São Paulo, a fertilização

in vitro

é realizada em três fases.



O procedimento se inicia logo nos primeiros dias do ciclo menstrual da mulher."A primeira fase da técnica consiste no que a medicina chama de estimulação ovariana. A paciente vai tomar medicamentos que vão ajudar a estimular a ovulação", diz Silvana. "Para acompanhar esse processo e diagnosticar se a dose da medicação está correta, ela terá que ir à clínica de quatro em quatro dias para fazer uma ultrassonografia transvaginal. Com o exame, o médico poderá avaliar se os folículos estão maduros e saudáveis", informa Silvana.



Depois de diagnosticar que é chegada a hora de fazer a coleta do óvulo, o médico chama a paciente para fazer o procedimento de aspiração do óvulo. Por meio de uma punção, o especialista retira os óvulos expelidos pelos folículos e o material é levado para o laboratório, onde será realizada a fecundação com os espermatozoides colhidos e preparados antecipadamente.



Para que a técnica seja realizada de maneira indolor, será aplicada na paciente uma anestesia geral ou local. Segundo a especialista, passado o efeito da anestesia, a paciente pode continuar sua rotina. Apenas deve evitar certas atividades após o procedimento, como dirigir, por conta da sonolência causada pelo sedativo.



Quando o óvulo fecundado em laboratório chega a sua fase madura, o médico pede que a paciente retorne para que seja colocado o pré-embrião. "O procedimento de transferência dos embriões também é simples. Ele ocorre através de um cateter bem fino que coloca os embriões no colo do útero. Ela não vai sentir dor, portanto não precisa de anestesia. Eu recomendo que a paciente fique de repouso em casa, por dois dias", explica a especialista.



O teste de gravidez

A paciente vai retornar à clínica cerca de 12 dias depois da transferência do embrião, para passar por um exame de sangue que vai apontar se ela está grávida ou não. "Nos primeiros três meses, há risco de abortamento, mas esse fator de risco é válido tanto para uma gravidez assistida quanto para uma natural", explica. Por isso, os médicos costumam recomendar algumas medidas que podem evitar que isso aconteça, como a utilização de certos tipos de medicamentos.

De acordo com Silvana, caso a técnica não dê certo, o casal pode tentar o procedimento novamente no período menstrual seguinte da mulher.

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Fonte: Terra
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