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Ejaculação precoce não é causa de infertilidade

6 jun 2012 - 09h11
(atualizado às 09h57)
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Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, a ejaculação precoce não é uma causa de infertilidade. No entanto, em casos mais agudos do distúrbio, o homem pode não conseguir ejacular dentro da vagina da mulher. Logo, os espermatozoides não têm como chegar até o óvulo, afirma Marcelo Horta Furtado, coordenador do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e urologista da clínica Pró-Criar, de Belo Horizonte.

Para quem quer engravidar, o segredo pode estar em Newton. Embora não haja estudos científicos que comprovem que determinadas posições sexuais influenciem na fecundação, ficar atento à lei da gravidade pode ajudar
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Foto: Dreamstime / Especial para Terra


O problema de ejaculação precoce pode ser tratado de duas formas: via medicação ou por meio de tratamentos com psicoterapeutas. "A maioria dos homens opta pelos remédios. Isso acontece porque o tratamento medicamentoso traz resultados em um prazo de tempo mais curto. A terapia demora um pouco mais", conta o urologista. "A escolha vai de acordo com o grau de paciência do homem", afirma.



Efeitos colaterais

O tratamento medicamentoso tem um efeito colateral que pode atrapalhar os planos do casal: ele mexe com a qualidade do espermatozoide. A boa notícia é que o dano não é permanente. Se o paciente parar com a medicação, a qualidade das células volta ao normal.

De acordo com Marcelo, normalmente o tratamento para ejaculação precoce é algo que o paciente terá que levar por toda a vida sexual. Portanto, no momento em que o casal decidir ter um bebê, o ideal é consultar o médico.

Se o problema não for agudo - a ponto de o homem não conseguir ejacular na parceira - o urologista vai analisar se será ou não preciso parar com a medicação enquanto o casal tenta a gravidez. Mesmo que o problema seja mais agudo, o casal não precisará recorrer às técnicas de reprodução assistida para ter um bebê. Antes de iniciar o tratamento para o distúrbio, os dois podem fazer uma inseminação intravaginal, sem sequer sair de casa.

"Depois de ser devidamente orientado na clínica, o homem vai ejacular em um potinho - o mesmo que é utilizado para a coleta de exames com espermatozoides -, aspirar o material com uma seringa e injetar na vagina da parceira", explica o médico. "O sêmen tem que ser colocado o mais próximo possível do colo do útero. Todo o procedimento é caseiro."A técnica só tem chances de sucesso se o casal não tiver nenhum outro fator de risco de infertilidade.

Fonte: Cross Content
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