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Acompanhar nascimento do filho fortalece vínculos afetivos

29 ago 2012 - 09h03
(atualizado às 19h19)
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Toda mulher tem direito a um acompanhante na hora do trabalho de parto, parto e pós-parto imediato no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo lei federal de 2005. Os hospitais particulares também estão orientados a permitir a presença do acompanhante, de acordo com resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2008. A presença do pai nesse momento é importante tanto como apoio emocional para a mãe, quanto para o fortalecimento dos vínculos familiares.

A presença do pai no momento do parto é importante tanto como apoio emocional para a mãe, quanto para o fortalecimento dos vínculos familiares
A presença do pai no momento do parto é importante tanto como apoio emocional para a mãe, quanto para o fortalecimento dos vínculos familiares
Foto: Dreamstime / Terra


Ter uma figura conhecida e escolhida pela mulher na hora do parto ajuda a deixá-la mais calma e segura. "É um ponto de apoio. A expectativa em relação ao parto é muito alta", afirma Silvia Aline Andrade, enfermeira coordenadora da Maternidade do Hospital Santa Catarina, de São Paulo. "Os trabalhos escritos dizem que diminui o tempo do trabalho de parto e a taxa de cesariana e estimula o fortalecimento do vínculo", comenta Zaira Custódio, psicóloga do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina.



A presença do pai é importante também para a formação dos laços familiares. "Ele está ali enquanto companheiro da mulher, oferecendo o apoio emocional, e enquanto pai, acompanhando o nascimento do filho", afirma Zaira. "Isso marca o começo da família. De uns tempos pra cá, a gente começou a falar mais sobre a importância do pai. É importante compartilhar a responsabilidade", diz a coordenadora.



O acompanhamento do parto é algo requisitado também pelo homem, não apenas pela mãe. "Estar presente no momento do nascimento do filho é concretizar o papel de pai", diz a psicóloga.



Atuação do pai

O acompanhante pode permanecer na sala durante todo o trabalho de parto e pós-parto, orientado pela equipe médica. "A gente faz a supervisão de onde ele fica ou de onde pode andar", diz a enfermeira.



A participação do homem serve de apoio à mulher. Ele pode, por exemplo, realizar massagens para aliviar a dor, durante o trabalho de parto. "Abraçar, conversar, ter contato físico, estar junto de uma pessoa de referência neste momento é muito importante e facilita o processo", afirma a psicóloga.



O apoio emocional oferecido pelo pai reflete o relacionamento entre os dois. "Se há uma relação de cumplicidade, se ele participou da gravidez, ele vai estar muito mais atuante do que aquele que foi um mero espectador", conta Zaira. Se a relação entre os dois não é estável, a mulher pode optar por outro acompanhante.



Em determinados hospitais, o pai também pode cortar o cordão umbilical e acompanhar o pós-parto, dando banho e vestindo o recém-nascido. "É importante que as equipes de saúde favoreçam e estimulem o acompanhante a ter um papel ativo. Se for o pai, isso o ajudará a se inserir no processo, o que pode promover o fortalecimento dos laços afetivos entre mãe, pai e bebê", diz a psicóloga.



Superando o medo

Muitos pais hesitam em participar do parto. Alguns não sabem como poderão participar; outros, têm medo. Os cursos de gestante e conversas com a equipe médica servem para desmistificar alguns desses temores. Conversar com outros homens que participaram do processo, ou ver vídeos de parto, são atividades que podem ajudar a se preparar para o processo.



O homem também deve saber que a equipe estará presente para orientá-lo no momento do parto. "Ele deve ficar tranquilo. É um momento de ansiedade, mas a equipe está preparada para atender a todos", afirma a enfermeira.



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Fonte: Cross Content
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