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Mudança de hábitos não deve adiar consulta a especialista

30 ago 2012 - 08h56
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Adotar hábitos saudáveis, emagrecer, deixar de fumar, fazer exercícios de relaxamento. Todas essas são dicas que poderiam melhorar as chances de o casal engravidar. Nenhuma delas, no entanto, é unânime no mundo médico. As causas para baixa fertilidade podem ser diversas. Por isso, achar que apenas a mudança de hábitos seria suficiente para resolver os problemas de fertilidade é algo que pode complicar mais do que ajudar o casal.

As causas para problemas de fertilidade podem ser diversas. Por isso, achar que apenas a mudança de hábitos pode ser suficiente para resolver os problemas de fertilidade é algo que pode complicar mais do que ajudar o casal
As causas para problemas de fertilidade podem ser diversas. Por isso, achar que apenas a mudança de hábitos pode ser suficiente para resolver os problemas de fertilidade é algo que pode complicar mais do que ajudar o casal
Foto: Dreamstime / Terra


A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a infertilidade como doença. Ela deve, portanto, ser tratada por um médico especializado. "É como se você tivesse dor de dente. Você não vai olhar na internet como trata. Com a infertilidade as pessoas arriscam mais, por não causar sintoma", afirma Marcos Sampaio, diretor da Origen, clínica de reprodução humana com unidades em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. "Você tem que passar por um diagnóstico. O fato de não ter sintoma não significa que não precisa de atenção", completa.



Os problemas de fertilidade acometem entre 8 e 10% dos casais em idade reprodutiva, segundo estimativas da OMS. Ainda assim, o preconceito pode fazer com que muitos casais não queiram procurar ajuda médica. "Ainda que a OMS reconheça como doença, a população em geral não entende assim. Há muito tabu quanto a isso", diz o especialista.



Informações incorretas ou generalizadas também levariam os casais a acreditar que pequenas correções podem fazê-los engravidar. "Você pode dizer ¿a vizinha falou que engravidou por causa disso¿, mas um caso pontual não vale. Caso pontual não é estatística", pondera Marcos.



A infertilidade pode ser causada por uma série de fatores, como problemas tubáreos, ovulatórios, de produção ou ejaculação de espermatozoides, ou infecções. O melhor tratamento deverá ser indicado pelo médico. "Às vezes, não é um problema complicado. Basta corrigir uma infecção. Não significa necessariamente que vai ser um tratamento caro", conta o médico. "A avaliação é essencial até para saber se a pessoa pode continuar tentando ou se tem algum problema", diz.



Apostar exclusivamente na mudança de hábitos quando pode haver outros fatores envolvidos apenas adia a gravidez. Quanto mais avançada a idade da mulher, menor é a fertilidade. "Hoje, as pessoas não têm muito tempo para ficar tentando tanto. A idade é o principal fator", afirma o especialista.



Quando a mulher tem até 35 anos, o recomendado é se consultar com um médico se o casal não conseguir engravidar após um ano de relações sexuais frequentes e sem proteção. Acima dessa idade, o ideal é esperar apenas seis meses.



Mudança de hábitos

Tentar diferentes posições sexuais, mudar a acidez vaginal com alimentação e viajar para aliviar fatores psicológicos são alguns dos métodos mais comuns adotados pelos casais. "Nenhum deles tem eficácia", afirma Marcos.



Hábitos como tabagismo e consumo de álcool também podem ter influência sobre a fertilidade. "Mudanças de hábito são coisas polêmicas. Uma pessoa que fuma pode ter probabilidade maior de infertilidade, mas não quer dizer que vai ser infértil", diz Marcos. "Os hábitos são considerados como causas que podem aumentar probabilidade de infertilidade, mas não causas definitivas", explica. Esses costumes devem ser evitados, mas mudá-los não garante gravidez.



No caso do sobrepeso ou obesidade, o médico pode orientar a mulher ou o homem a reduzir o peso se a mulher não tiver idade muito avançada. O excesso de peso pode interferir nas chances de engravidar e na saúde da gravidez.



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Fonte: Cross Content
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