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Cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros, diz estudo

19 jun 2012 - 09h13
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Prematuridade é umas das grandes preocupações de uma gestação. De acordo com o relatório da Organização da Mundial (OMS)

De acordo com o relatório da Organização da Mundial (OMS), a cada ano, nascem aproximadamente 15 milhões de bebês prematuros
De acordo com o relatório da Organização da Mundial (OMS), a cada ano, nascem aproximadamente 15 milhões de bebês prematuros
Foto: Shutterstock / Especial para Terra
Born Too Soon: The global action report on preterm birth

(na tradução livre,

Nascido Cedo Demais: O relatório de ação global sobre o nascimento prematuro

), a cada ano nascem aproximadamente 15 milhões de bebês prematuros em todo o mundo. No Brasil, são cerca de 280 mil, segundo o documento.

As principais causas de partos prematuros são gravidez múltipla, incompetência istmocervical (quando a gestante apresenta dilatação do colo do útero já nos primeiros meses de gestação) e infecções (de urina, bucais, resfriados), revela Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do Instituto Valenciano de Infertilidade, de São Paulo. "Existem também mulheres que têm parto prematuro, mas que a medicina não sabe como explicar o motivo do fenômeno", afirma.

Um parto é considerado prematuro quando ele acontece antes de a gestação completar 37 semanas. "Os bebês prematuros extremos são aqueles que nascem antes de a gravidez completar 30 semanas", explica a médica. "Habitualmente, dependendo da qualidade da maternidade, bebês com cerca de 500 gramas de peso conseguem sobreviver. Mas as condições do hospital são cruciais para o quadro do recém-nascido", alerta.

Gravidez múltipla
As gestantes que estão esperando mais de um bebê correm um risco muito maior de ter um parto prematuro. Por conta do peso, o colo do útero sofre muita pressão, o que pode acabar resultando em nascimentos antes do momento adequado.

Segundo Silvana, a indicação geral para todas as grávidas de gêmeos é repouso. Sem muito esforço físico, a pressão no útero fica um pouco mais branda. Em casos mais específicos, o obstetra pode receitar medicações.

Incompetência istmocervical

A incompetência istmocervical é a dilatação do colo do útero nos primeiros meses da gestação. "O normal é que a dilatação apareça momentos antes do parto, próximo da 40ª semana de gestação. Por conta disso, as mulheres que são portadoras desse distúrbio podem ter o bebê antes do tempo", esclarece Silvana.

O problema pode ser solucionado com uma cirurgia chamada de cerclagem. Na operação, que será feita durante a gravidez, o médico vai dar um ponto em volta do colo do útero e deixará o local fechado até o dia do parto. A dilatação precoce, na maioria das vezes, é detectada no decorrer das consultas de pré-natal.

De acordo com a médica, uma das principais causas de incompetência de istmocervical é o aborto feito sem o devido acompanhamento médico. "O aborto provocado, feito em locais clandestinos, por profissionais que atuam na ilegalidade, pode acabar dilatando o colo de útero de maneira muito agressiva. Posteriormente, quando essa mulher decide engravidar, ela pode desenvolver esse problema", esclarece Silvana.

Infecções

Qualquer tipo de infecção durante a gestação pode trazer riscos de parto prematuro. O acúmulo das bactérias circulando no organismo pode estimular as contrações uterinas.

Nesses casos, as infecções devem ser tratadas. Mesmo que o tratamento seja feito com outro especialista, o obstetra tem que estar ciente de todas as medicações que a paciente está tomando. O tratamento diminui as chances de ocorrer um nascimento antes do tempo.

Fonte: Cross Content
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