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Pastilhas trazem cor aos projetos; veja como usá-las

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Juliana Crem

Popular em piscinas, cozinhas e banheiros, as pastilhas de vidro têm se tornado cada vez mais populares e são alternativas para trazer modernidade e cor aos projetos arquitetônicos. Todavia, é preciso saber escolher e entender sua funcionalidade no projeto para não se decepcionar.

As pastilhas podem ser usadas em piso e parede, como neste projeto de Gustavo Calazans em parceria com a Leroy Merlin
As pastilhas podem ser usadas em piso e parede, como neste projeto de Gustavo Calazans em parceria com a Leroy Merlin
Foto: Divulgação

O arquiteto Gustavo Calazans, de São Paulo (SP), lembrou que na década de 90 houve um "boom" no uso das pastilhas e, por isso, diversas empresas passaram a produzi-las e vende-las, tornando esse tipo de revestimento mais barato. Além disso, "elas têm três apelos, na minha opinião: o preço; a variedade de cores, já que dificilmente encontramos revestimentos tão coloridos; e o fato de usar um revestimento pequeno para ampliar o ambiente. Quando o cômodo é pequeno e colocamos as pastilhas, ele parece maior", contou.

A escolha

Versáteis, as pastilhas são opções para quem quer colorir o ambiente, já que sua paleta de cores é bastante ampla e oferece opções que não são encontradas em outros revestimentos, como os azulejos, por exemplo. Além disso, as pastilhas podem ser feitas dos mais variados materiais, como vidro, porcelana, cerâmica, coco, metal e mármore; podem ter estampas, desenhos ou serem artesanais, com bolhas de ar no vidro e aplicações de folhas, frutas, pedras e pétalas de flores; e em tamanhos distintos. Seja qual for a preferida, sua escolha deve ser avaliada de acordo com o local em que as pastilhas serão aplicadas.

Convencionalmente vemos as pastilhas serem usadas em áreas molhadas, como piscinas, lavabos e banheiros, mas "para estes espaços, não são indicadas as pastilhas vitrificadas, uma vez que são muito lisas e levam a escorregões mesmo com o uso de rejunte para fixá-las. As pastilhas de vidro também devem ser evitadas nos ambientes externos", disse Calazans.

O arquiteto contou que as pastilhas podem ser usadas tanto nas paredes, onde são mais frequentes, quando em pisos. "Do ponto de vista técnico, elas são mais adequadas para o uso em paredes. Do ponto de vista estético, usar pastilhas no piso e na parede cria unidade no projeto." Quem optar por colocar pastilhas no chão, deve ficar ciente, no entanto, de que precisará tomar cuidados redobrados. "Pastilha não aguenta tração, por isso não deve pisar com sapato sobre elas. O índice de abrasão do material é muito baixo e o cliente precisa ter consciência da limitação do seu revestimento. Não existe certo ou errado, mas há a opção mais adequada a cada perfil. Trabalho muito com a sustentabilidade e explico que se o seu material desgasta com facilidade, vai precisar ser trocado mais cedo, gerando maior consumo. Depende de escolhas e é bastante simples", falou Calazans.

Tempo é inimigo

"Pouca gente sabe, mas as pastilhas tendem a se soltar com o tempo, devido a pouca área de aderência que elas têm com o rejunte. Forças pequenas são capazes de soltá-las. Por isso, quem resolve usá-las no piso tem que ter bastante cuidado, porque se deixar algum objeto cair, ele poderá quebrar e soltar a pastilha, o que apenas lascaria um piso de cerâmica e que afetaria um porcelanato, por exemplo", ensinou Calazans.

O arquiteto lembrou ainda que é muito comum ver trincas estruturais nas casas, que são relacionadas ao assentamento do terreno e quando há pastilhas no projeto, o surgimento das trincas "é fatal". "Se houver trincas, use outro material, menos as pastilhas. Já fiz um projeto no qual o terreno cedeu e as pastilhas saltavam na parede e do piso. Tivemos que colocar um laminado sobre elas para conter o problema. Fizemos até um cálculo na época para ver qual era o tamanho da força que precisava ser feita para que elas se soltassem e chegamos aos 40 kg, sendo que com porcelanatos essa força seria de quase uma tonelada", frisou Calazans.

Por isso, a escolha da argamassa a ser usada com as pastilhas também é importante, pois é essencial para ajudar a fixa-las por mais tempo. Todavia, se uma pastilha escapar, o arquiteto sugeriu que guarde-a para tentar colá-la novamente no local, pois cada unidade se encaixa perfeitamente no local em que foi aplicada na argamassa.

Parte técnica

Para não ter erros na hora de comprar ou aplicar as pastilhas, é importante conversar com seu arquiteto ou decorador para saber qual opção é a mais adequada ao seu projeto e às suas expectativas. As empresas que vendem pastilhas também indicam profissionais altamente especializados na fixação do produto, para garantir que não haverá problemas com o assentamento das pastilhas, como desalinhamentos e relevos.

A empresa Atlas, fabricante de pastilhas, indicou que a parede seja revestida com esboço sarrafeado, rústico, nivelado e aprumado para garantir melhor fixação e que tenha sido feito há mais de 14 dias e esteja sem graxa, óleo ou partículas que atrapalhem a aderência. Para cada tipo de pastilha, há um tipo específico de argamassa.

Confira na galeria mais de 25 imagens de projetos que usaram pastilhas e inspire-se.

Fonte: Terra
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