Uma mostra de decoração que tem edições em sete capitais brasileiras pode ser uma inspiração a quem tem orçamento apertado para decorar ou reformar. O Morar Mais por Menos convida arquitetos e designers de interiores de cada região a criar ambientes em que a economia de materiais e o uso de técnicas sustentáveis devem ser a regra. Não que os produtos usados nos ambientes saiam a preço de banana – há espaços com cascatas ou com controle de som por iPod, por exemplo. Mas, em geral, custam menos do que os geralmente suntuosos projetos de exposições como Casa Cor e similares.
Espaço do Jovem Casal, criado pela arquiteta Cristina Japiassú para a edição de 2012 do Morar Mais por Menos no Rio de Janeiro. O ambiente usa estantes feitas de contêineres de navios
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Entre as saídas criativas para decorar com pouco está o reaproveitamento de móveis usados. Foi o que fez a arquiteta Rafaela Lourenço na quitinete que planejou para a edição deste ano do Morar Mais por Menos Brasília. No espaço equivalente ao de um apartamento de 37m², ela usou um sofá velho com estofamento renovado, adaptou um aparador para ser usado no banheiro e reformou uma geladeira antiga. Para executar esse projeto do zero numa residência, diz, o custo total chegaria a cerca de R$ 60 mil.
Uma das idealizadoras da mostra, a carioca Sabrina Schuback passou a organizar o evento depois que se casou e teve que decorar uma casa nova. “Tive a experiência de ter um profissional de arquitetura planejando a casa dentro do meu orçamento e queria mostrar que é possível decorar ambientes de maneira acessível”, conta.
Criado em 2004, o Morar Mais por Menos cresceu, e a marca passou a ser licenciada para empresas de eventos realizarem a mostra em outras capitais. De outubro a dezembro, acontecem as edições do Rio de Janeiro, Campo Grande e Curitiba. Em 2012, já receberam o evento Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá e Goiânia. No próximo ano, Vitória entra também no circuito.
A mostra deste ano no Rio de Janeiro vai até 4 de novembro. Soluções criativas para baixar custos não faltam. Em um quarto, móveis foram feitos com madeira de tapumes de obra. Numa cozinha, um carretel de madeira usado para fiação de rua se transformou em mesa. A iluminação de LED, que consome menos energia, predomina na maior parte dos espaços.
Espaço do Jovem Casal, criado pela arquiteta Cristina Japiassú para a edição de 2012 do Morar Mais por Menos no Rio de Janeiro. O ambiente usa estantes feitas de contêineres de navios
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Sala de estar da quitinete criada pelas arquitetas Rafaela Lourenço e Tânia Fernandes para a edição de Brasília. A área total - incluindo cozinha, banheiro e quarto - tem 32m². Para ser implantado numa residência, o projeto custaria cerca de R$60 mil, estima Rafaela
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Apartamento do Designer, projeto da designer de interiores Bruna Sideris para a mostra carioca
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Sala e Cozinha do Casal, ambiente criado pela designer de interiores Andressa Fonseca. Nele, um sistema automático controla a intensidade da luz para economizar energia. O sistema de som pode ser controlado por um iPod
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Quarto do Bebê Menina, da arquiteta Renata Zanatta. As molduras criadas na parede são de madeira MDF, mais barata que alvenaria
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Estúdio da Mulher, por Dolores Marafelli, Juliana Bongiovanni e Luciana Lage. A base da cama e as prateleiras são do mesmo tipo de madeira usada em tapumes de obra
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Quarto dos gêmeos, das designers Bia Muniz e Karla Gaby. Todo o mobiliário foi feito por um marceneiro sob medida, e a iluminação conta com fitas de LED, alternativa mais econômica
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Sala Estúdio Contemporâneo, do arquiteto Nilton Montarroyos. A divisória de aço inox na entrada foi criada por um artista plástico, que usou entre as barras horizontais matrizes de lentes de contato descartadas pela indústria
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Quarto do Estúdio Contemporâneo, de Ana Valpaços e Rosa Prado. O piso é de madeira de reflorestamento e o lustre central foi feito de recortes de jornal
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Estúdio Sustentável, de Danielle Sabino. Num espaço de 32,40 m², a arquiteta criou uma casa completa com sala, quarto, cozinha, banheiro e área de serviço. O sofá foi confeccionado com lona de caminhão e madeira certificada
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Quarto do Jovem Rapaz, por Carla Veiga, Cícero Gomes e Cláudia Suzuki. Os móveis foram criados com painéis de MDF, produzidos a partir de madeira de reflorestamento
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Estúdio do Artista, por Joana Di Marino, Márcia Calderaro e Pualani Di Giorgio. Foram usados cones de rua, blocos de concreto e baldes de alumínio na decoração. Para reduzir os custos, a textura nas paredes foi feita com cimento e argamassa
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Quarto Nina Menina, projeto das designers de interiores Patrícia Morganti e Nina Moraes. A mesinha de brincar foi forrada com adesivo
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Espaço do Executivo, de Ana Lúcia Martins e Denis Freitas. A escada de bambu é usada como elemento decorativo e revisteiro
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Escritório de Marketing e Design, do arquiteto Marcos Molinari. A mesa de trabalho também serve como mesa de reunião
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Cozinha do Chefe, dos designers de interiores Ana Paula Sarmento e Marcus Laranja. O projeto usa madeira de demolição e revestimento cimentício no piso
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Sala de Estar Deles e Delas, por Marco Casalini, Mauro Nunes e Luciana Duarte. Uma das paredes foi revestida com placas normalmente usadas para pisos elevados de salas de computação
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Sala principal, criada pela arquiteta Cyntia Sabat. Os painéis são de madeira de demolição. Foram instalados dímeres para que haja maior controle sobre o consumo de energia
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Na Cozinha da Casa, as designers de interiores Danielle Boggis e Márcia Magalhães transformaram um carretel de fiação de rua descartado em mesa para refeições. A geladeira antiga foi reformada
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Quarto da Moça, por Andréa Silveira e Rose Camacho. A parede que serve de cabeceira para a cama foi forrada com pedaços de espelhos reutilizados
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Sala da Família Moderna, do arquiteto Rodrigo Rangel. A tela metálica, normalmente aplicada na construção civil para concretagem de lajes, foi aproveitada como um elemento decorativo (à esquerda na foto)
Foto: Morar Mais por Menos Rio
Cozinha, quarto, salas de jantar e estar estão conjugadas no Apartamento da Artista, projeto de Juliane Moi para o Morar Mais por Menos Brasília
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
A adega projetada por William França e Lívia Correia usa rolhas de cortiça descartadas como elemento decorativo no piso, junto às pedras
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Apartamento da Vovó, por Cecília Malcher. As salas de estar e de jantar foram integradas a uma pequena varanda coberta, o que favorece a iluminação natural quando a janela ao fundo está aberta
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Bistrô, projeto de Renata Melendez e Flávia Amorim. Com uma almofada no topo, blocos de revistas se transformaram em pufes
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Circulação e Estudos, por Suênia Mônici. Espaço de descanso e leitura é inspirado na literatura brasileira, em especial em obras de Ariano Suassuna
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Cozinha da casa, por Mayara Kassiê e Letícia Pires. O espaço reaproveita materiais como espelhos, papéis de parede, eletrodomésticos e móveis e os mistura a peças de design mais luxuosas
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Cristaleira, por Cláudia de Paula. A ideia é de um espaço simples, que guarde os objetos colecionados por uma família ao longo dos anos
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
O Escritório da Família, criado por Lilian Morais, Catarina Sombrio e Sandra Marinho, mistura peças icônicas como a poltrona Charles Eames com objetos de artesãos de Brasília
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
O Hall dos Apartamentos, de Vanessa Rosset e Simone Rozsanyi, usa piso PVC imitando madeira como forma de reduzir o custo do projeto
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Lavabo Feminino, de Fernanda Manata. A bancada e a cuba são feitas de madeira de reflorestamento. Para evitar o gasto com revestimentos mais caros, as paredes foram pintadas
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
O jogo de molduras e a iluminação cênica, feita de baixo para cima, dá um ar clássico ao Lavabo Masculino, projetado por Moacir Melo
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Quarto de Vestir, por Catiúcia Fernandes. O pé de uma máquina de costura antiga ganhou tampo de vidro e foi transformado na penteadeira que aparece refletida pelo espelho
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
No Quarto do Bebê, Mariana Sabino instalou origamis pendendo do teto
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Quarto do Casal, feito por Silvana Monte Rosa, usa no piso um porcelanato que imita madeira
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
O objetivo de Daniela Bakker e Dinane Lima com o projeto desta Sala de Brincar é que o espaço fosse prático. As prateleiras de madeira têm revestimento para facilitar a limpeza, e o piso é antialérgico
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Sala de Cinema, por Gilson Freire, Tânia Franco e Apoena Parente. Predominam as cores quentes e paredes escuras, valorizadas pela textura e a iluminação
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Nesta Sala de Estar, Renata Dutra procurou criar um espaço multiuso. É uma área para os pais trabalharem e as crianças brincarem
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
No Quarto do Rapaz, Karla Madrilis usou um revestimento de parede composto por pedriscos, além de painel de bambu e objetos de artesãos brasilienses. Ao fundo, um tambor serve como pia
Foto: Haruo Mikami/Morar Mais por Menos Brasília
Varanda Gourmet, por Rivany Farias, Didacio Duailibe e Flávia Duailibe. Aqui também o tambor pintado foi usado, e uma máquina de escrever antiga se transformou em elemento decorativo
-qdpytzae11ly.jpg)
