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'TimeMoney' é moeda de troca criada por brasileiros na web

Startup Bliive, baseada na permuta, tem 40 mil usuários em pelo menos 70 países

4 ago 2014 - 13h00
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As pessoas devem dar uma chance para a experiência colaborativa, tendo em vista que isso pode mudar a forma como elas enxergam o dinheiro, as coisas e percebam como o outro tem seu valor, opina Lorrana
As pessoas devem dar uma chance para a experiência colaborativa, tendo em vista que isso pode mudar a forma como elas enxergam o dinheiro, as coisas e percebam como o outro tem seu valor, opina Lorrana
Foto: @Bliive/Facebook / Reprodução

Tocar o tempo disponível da rotina para ter acesso a novos conhecimentos e compartilhar habilidades e valores. Esta foi a mola propulsora da startup brasileira Bliive, criada em maio do ano passado pela advogada e relações públicas Lorrana Scarpioni, 23 anos, e pelos designers Murilo Mafra, 24 anos e José Henrique Fernandes, 22 anos, com o intuito de “aproximar as pessoas pelo compartilhamento de ideias, que usem o tempo como moeda de troca de experiências”.

E pegou. Hoje são 40 mil usuários em pelo menos 70 países. O Bliive funciona da seguinte forma: o internauta oferece na rede alguma habilidade pessoal, ao mesmo tempo em que busca o que precisa de volta. Podem ser atividades como aulas de música, inglês e limpeza, entre outras coisas. Ao fazê-lo, o usuário recebe um TimeMoney, a moeda de troca, equivalente a uma hora a ser usada como permuta.

A única exigência é não envolver dinheiro na troca nem publicidade na plataforma. Para ter segurança no compartilhamento, foi criado o Selo de Confiabilidade do Bliive, nas cores verde, cinza e vermelho, que auxilia os usuários a escolherem as pessoas mais confiáveis e bem avaliadas. “As pessoas devem dar uma chance para a experiência colaborativa, tendo em vista que isso pode mudar a forma como elas enxergam o dinheiro, as coisas e percebam como o outro também tem seu valor”, enfatiza Lorrana.

A faixa etária dos usuários é extensa, mas os internautas entre 18 e 26 anos são os que mais demandam os serviços na rede. Para resgatar a permuta, mais do que o contato pela rede social, as pessoas podem marcar um encontro, se preferirem o contato pessoal, em pontos de troca recomendados pelastartup como bares, cafés e restaurantes. Uma outra opção é o Bliive para organizações, em que as empresas têm um espaço exclusivo de negociação na plataforma para trocarem atividades desenvolvidas internamente entre elas.

Documentários foram insight para o Bliive

A ideia de Lorrana foi inspirada em documentários de economia colaborativa off-line, troca de tempo, redes de colaboração online, sempre levando em conta o conceito do desapego material. “A inovação foi trazer bancos de tempo, que existem na Europa, desde a década de 1980, para as pessoas terem facilidade de trocas globais, em uma plataforma conectada”, explica.

A equipe tem hoje nove colaboradores e ganhou quatro prêmios, sendo os dois últimos, o Sirius Programm e o IntelChallenge2014. No primeiro deles, o Bliive foi uma das 30 empresas selecionadas para um programa de aceleração do governo do Reino Unido, em que Lorrana e mais três pessoas ficam na Escócia por um ano. No outro, no Vale do Silício, Estados Unidos, a startup foi premiada por seu empreendedorismo tecnológico entre universitários no concurso YouNoodle Camp.

No futuro, a ideia dos empreendedores brasileiros é expandir globalmente a marca, receber investimentos e aumentar a base de usuários.

A rede social teve quatro premiações até hoje, com uma equipe de nove colaboradores, e se faz presente em pelo menos 70 países, com mais de 40 mil usuários. O acesso se dá por uma conta de e-mail ou Facebook
A rede social teve quatro premiações até hoje, com uma equipe de nove colaboradores, e se faz presente em pelo menos 70 países, com mais de 40 mil usuários. O acesso se dá por uma conta de e-mail ou Facebook
Foto: @Bliive/Facebook / Reprodução

Fonte: Dialoog Comunicação
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