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Tecnologia impulsiona encontro de crianças desaparecidas

30 jul 2014 - 13h01
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O designer Felipe Bueno, junto do administrador Ramon Guedes, criou em 2012 a ONG Não Encontrado, que visa prevenir, encontrar e combater o desaparecimento de pessoas, com foco nas crianças
O designer Felipe Bueno, junto do administrador Ramon Guedes, criou em 2012 a ONG Não Encontrado, que visa prevenir, encontrar e combater o desaparecimento de pessoas, com foco nas crianças
Foto: Felipe Bueno / Divulgação

O dado é do Governo Federal e soa como alarme: cerca de 40 mil crianças desaparecem todos os anos no Brasil. A fim de combater esse problema, ocasionado muitas vezes por descaso familiar, abuso sexual, tráfico de órgãos e de pessoas, o designer Felipe Bueno e o administrador Ramon Guedes, ambos de 29 anos e moradores de Mogi Mirim, Estado de São Paulo, criaram a ONG Não Encontrado.

A entidade, que completou dois anos em 2014, tem por objetivo “prevenir, encontrar e combater o desaparecimento de pessoas, com foco nas crianças, por meio do uso da tecnologia, inovação e relacionamentos”. Com recursos próprios, Bueno e Guedes são auxiliados por uma dezena de voluntários para propagar informações relevantes que possam conduzir ao paradeiro das pessoas desaparecidas.

“A Não Encontrado visa ser um braço importante e de conforto aos familiares e amigos de pessoas desaparecidas, ajudando-os nesse reencontro. A sensação de impotência quando esse fato ocorre é avassaladora, e casos assim só são noticiados, quando veículos populares decidem compram a causa. O descaso por parte das autoridades é tão ou mais sufocante que a perda do próximo”, enfatiza Guedes.

Ultimamente, a dupla tem utilizado o Facebook como principal canal de divulgação do projeto, já que a rede social tem mais de 70 milhões de brasileiros cadastrados. A ONG está desenvolvendo ainda site, blog, e aplicativos para smartphones e tablets, que permitirão saber, por exemplo, a geolocalização dos desaparecidos. Segundo os criadores, uma simples pulseira colocada no braço de jovens e adultos, emite, através de um chip similar ao de um telefone celular, informações a satélites e gera a localização exata de quem a usa.

Número de casos comunicados é baixo

Apenas uma criança foi achada até o momento pela ONG, em Mogi Guaçu, Grande São Paulo. “Os dados são repassados com extrema velocidade e muitas outras podem ter sido encontradas pelo nosso projeto, mas, infelizmente, a informação não chegou até nós”, diz Guedes.

Ele explica que o apoio, o carinho e o amor da família e amigos é o melhor remédio nessas horas: “A autoestima de pessoas que passaram por processos de sumiço com traumas é fragilizada ao extremo, ainda mais quando crianças, em processo de formação da sua personalidade”.

A Não Encontrado visa ser um braço importante e de conforto aos familiares e amigos de pessoas desaparecidas, ajudando-os nesse reencontro, explica Guedes
A Não Encontrado visa ser um braço importante e de conforto aos familiares e amigos de pessoas desaparecidas, ajudando-os nesse reencontro, explica Guedes
Foto: @naoencontradoorg/Facebook / Reprodução

Guedes deixa claro que as histórias que mais os sensibilizaram até hoje são todos os casos envolvendo crianças e pessoas com deficiência mental. “Em sua maioria, se mostram vulneráveis e incapazes de defesa.”

No futuro, a intenção é estar presente em todo o País, com escritórios e parceiros que possam representar a causa social. “Devemos profissionalizar a busca por desaparecidos, que infelizmente não possui ONGs ou instituições suficientes com um planejamento estratégico de fóruns, workshops e seminários. Acreditamos e sabemos como implantar esse formato de trabalho”, conclui Guedes.

Fonte: Dialoog Comunicação
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