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Morador de rua ganha a vida vendendo livros na África do Sul

Entrevista publicada no YouTube com o sul-africano Philani Dladla já teve mais de 52 mil visualizações

18 ago 2014 - 13h00
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Se há alguém que pode provar que não se deve julgar um livro pela capa, essa pessoa é o sul-africano Philani Dladla, 24 anos, um morador de rua que chama atenção pelo jeito pouco convencional de conseguir dinheiro: vendendo livros
Se há alguém que pode provar que não se deve julgar um livro pela capa, essa pessoa é o sul-africano Philani Dladla, 24 anos, um morador de rua que chama atenção pelo jeito pouco convencional de conseguir dinheiro: vendendo livros
Foto: @philanibooks.dladla/Facebook / Reprodução

Se há alguém que pode provar que não se deve julgar um livro pela capa, essa pessoa é o sul-africano Philani Dladla, 24 anos, um morador de rua que chama atenção pelo jeito pouco convencional de conseguir dinheiro: vendendo livros. Em vez de pedir esmola, Dadla comenta com pedestres sobre livros, autores e publicações que leu para convencê-los a comprar as obras que vende e conseguir algum trocado para sobreviver.

Descoberto pelo cineasta sul-africano Tebogo Malope, 29 anos, que o encontrou em 2013 nas ruas de Joanesburgo, na África do Sul, Dlada logo ganhou o apelido de “ávido leitor de rua”. Malope pediu a ele que desse uma entrevista gravada sobre sua vida. Dlada logo começou a falar sobre sua paixão por livros e a influência positiva que eles exercem sobre seus leitores. 

Desde então, o vídeo foi visto por mais de 52 mil pessoas e o “ávido leitor de rua” ganhou popularidade internacional, atraindo diversos pedestres interessados nas conversas sobre literatura. Os livros são vendidos aos adultos, mas as crianças podem leva-los gratuitamente. “Eles ainda podem transformar a leitura em um hábito de vida diário”, disse ele em sua entrevista. “Ler não prejudica ninguém. Não existe conhecimento que possa fazer mal. A leitura só vai fazer de você uma pessoa melhor.”

Ao invés de pedir esmola, Dadla comenta com pedestres sobre livros, autores e publicações que leu para convencê-los a comprar as obras e conseguir algum trocado para sobreviver
Ao invés de pedir esmola, Dadla comenta com pedestres sobre livros, autores e publicações que leu para convencê-los a comprar as obras e conseguir algum trocado para sobreviver
Foto: @philanibooks.dladla/Facebook / Reprodução

Os livros de Dladla são todos provenientes de doações e tendo lido todos os livros de sua coleção atual, está sempre procurando algo novo para ler. “Muitas pessoas passam por mim e me olham como se eu não existisse, mas muitas outras me veem exatamente pelo que eu sou – um distribuidor de conhecimento e felicidade”, contou ele.

Salvação pela leitura

Para Philani Dladla, o amor que ele sente pelos livros vai muito além de curtir uma boa leitura – mergulhar em diversas histórias o salvou do vício das drogas. Agora ele quer que a sua paixão por livros também atinja as pessoas com quem ele encontra diariamente. “Você não precisa ser rico para mudar o mundo. Comece com o pouco que você tem. Se você inspirar uma única pessoa, você já vai ter mudado o mundo”, postou em sua página do Facebook.

Na descrição do vídeo que disponibilizou no YouTube, Malope conta que encontrou Dladla perambulando pelas ruas com sua extensa biblioteca de livros, oferecendo resenhas e comentários a qualquer um que passasse. “Ele é um grande modelo no poder da leitura e pode ser um embaixador incrível para os nossos jovens.”

Muitas pessoas passam por mim e me olham como se eu não existisse, mas muitas outras me veem exatamente pelo que eu sou  um distribuidor de conhecimento e felicidade, contou ele
Muitas pessoas passam por mim e me olham como se eu não existisse, mas muitas outras me veem exatamente pelo que eu sou um distribuidor de conhecimento e felicidade, contou ele
Foto: @philanibooks.dladla/Facebook / Reprodução

Fonte: Dialoog Comunicação
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