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Australiana cria movimento global em prol do amor próprio

31 jul 2014 - 09h52
(atualizado às 09h58)
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“Eu estou caindo aos pedaços. Eu detesto meu corpo.” Esse pensamento martelou a cabeça da fotógrafa e escritora australiana Taryn Brumfitt, 35 anos, durante muito tempo após o nascimento de Mikaela, seu terceiro filho, em 2012. Com uma cirurgia plástica já marcada, ela teve um insight: “Como posso ensinar a minha filha a amar incondicionalmente seu corpo, se eu mesma não consigo fazer isso?”.

No início de 2013, Taryn postou uma foto de “antes e depois” em sua página no Facebook, que pretendia mostrar que era possível amar o próprio corpo, mesmo tendo imperfeições. A imagem recebeu mais de três milhões de opções “curtir”. Tamanha repercussão a levou a criar o Body Image Movement (Movimento Imagem Corporal) – um movimento que, através de conteúdos postados nas redes sociais, encoraja mulheres a se aceitar como são, priorizando a saúde antes da beleza, mostrando que é possível aprender a abraçar e amar plenamente nossos corpos.

Recentemente, Taryn decidiu que precisava fazer mais – criar um movimento global que levantasse a bandeira do amor próprio. Surgiu então a ideia do documentário Embrace (Abraçar). O filme contaria não só a sua história e jornada em busca da aceitação, mas a importância de se sentir feliz com o próprio corpo, mostrando às pessoas que saúde é muito mais do que só praticar exercícios físicos e ter uma alimentação regrada. É igualmente se sentir bem e se aceitar exatamente como você é.

Sem dinheiro para fazer o filme, a escritora inscreveu o projeto em uma plataforma online de captação de recursos (crowdfunding), tendo como meta US$ 200 mil (R$ 443 mil). Com o apoio de quase nove mil pessoas, Taryn conseguiu muito mais do que esperava: US$ 330 mil (R$ 730 mil). O documentário começou a ser gravado no início de julho e passou por lugares como Austrália, Canadá e EUA. Seu lançamento está previsto para julho de 2015.

Aprendendo a se amar

Tudo começou em 2012, quando Taryn decidiu que precisava perder 15 kg e conquistar o corpo que toda mulher sonha: marcou uma cirurgia plástica que a faria gastar US$ 12 mil (R$ 27 mil). No entanto, quando pensou no exemplo que estaria dando à filha sobre sua relação com o corpo, escolheu um caminho mais difícil, porém, extremamente gratificante: amar seu corpo incondicionalmente exatamente como ele era.

Taryn descobriu que ser mais magra não a faria mudar o modo como ela se enxergava. O problema estava dentro dela, não em sua forma física. “Foi então que eu comecei a me perguntar: ‘E se eu conseguisse viver feliz com o meu corpo? Será que isso é possível?’ Naquele momento, olhando para minha filha, eu sabia a resposta.” Taryn enxugou suas lágrimas, olhou-se no espelho e decidiu que podia fazer isso.

Foi aí que começou minha jornada: Esse forte desejo de ensinar, educar e gritar para o mundo que amar o próprio corpo pode trazer felicidade e aprender a fazer isso pode mudar uma vida para sempre”, ensina.

Fonte: Dialoog Comunicação
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